terça-feira, 30 de dezembro de 2008

Kasparov, xadrezista e activista pelos direitos humanos.


Aproveitando o video disponibilizado pelo Viriatovitch Chess, volto a Kasparov, uma personalidade que não deixa ninguém indiferente.





De outro filme trata a notícia de hoje do jornal britânico


O filme de Kasparov: do xadrez para a política
Na estreia de um filme sobre a batalha de Garry Kasparov para a presidência da Rússia, o campeão contou a Geoffrey Macnab por que é que ela terminou afogada.

A primeira vez que vi Garry Kasparov em carne e osso foi numa tarde de Outono, em 1993, durante o match para o Campeonato do Mundo, contra o candidato inglês, Nigel Short, que teve lugar no Teatro Savoy, em Londres.



A ocasião teve um momento caricato. Depois de os jogadores fazerem os primeiros lances da abertura, ambos desapareceram para os camarins e o público ficou a olhar para um palco vazio com um tabuleiro de xadrez, durante um período que pareceu anormalmente longo. Claro que Kasparov venceu Short, ele que ainda hoje é considerado um dos mais fortes xadrezistas de sempre. Lembro-me do seu ar absorto quando olhava para o público enquanto a audiência se divertia, de forma contida, com as piadas que os comentadores nos transmitiam para os phones.

Era difícil não me lembrar desse palco vazio no mês passado, em Amesterdão. Kasparov estava na cidade para ver o filme In the Holy Fire of Revolution [No Fogo Sagrado da Revolução], de Masha Novikova, no IDFA - International Documentary Film Festival Amesterdam, uma obra sobre a tentativa falhada do xadrezista se apresentar às eleições presidenciais russas do ano passado.
Tratou-se de uma experiência arrasadora. Kasparov era o candidato da Outra Rússia, uma coligação de partidos da oposição a Vladimir Putin, e foi importunado em todas as fases do processo. No filme podemos ver grupos de jovens ultra-nacionalistas a caricaturar Kasparov de papagaio estado-unidense. Esses grupos seguiam-no para todo o lado. As suas acções de campanha foram interrompidas. Foi-lhe negado o acesso aos meios de comunicação social. A certa altura, foi detido pela polícia e passou cinco dias na prisão. Antigos amigos abandonam-o ("Muita gente esqueceu que eu existia. Agora sei exactamente qual o valor da amizade", diz Kasparov). Ironicamente, uma das poucas pessoas que o tentou visitar na prisão foi o antigo arqui-inimigo do circuito xadrezístico, Anatoly Karpov. Testemunhámos a rapidez com que a campanha de Kasparov colapsou.



O "The Holy Fire of Revolution" é a versão russa, mais apagada, do "The War Room", o documentário sobre a campanha de Bill Clinton para a presidência dos EUA, em 1992. No entanto, enquanto Clinton tinha uma máquina eleitoral muito bem oleada, com estrategas e comunicadores que contornavam os escandalos utilizando os media para o favorecer, a campanha de Kasparov pareceu condenada quase desde o início. As câmaras filmaram acções de campanha que foram sabotadas pelas forças de segurança. Vê-se os funcionários do Governo que controlam o staff de Kasparov, que parecem seguranças de discotecas, a falar da sua lealdade e afeição por ele. Os apoiantes partilham estórias chocantes sobre as formas como foram intimidados e ameaçados.

O filme é a gravação de uma campanha política que nunca foi autorizada a passar da primeira mudança. Não há um final épico que Novikova pudesse colocar no seu material. Afinal, Kasparov acabou por ser obrigado a desistir da sua caminhada presidencial.

"Duvido que ele apareça", avançou um dos organizadores do Festival, na véspera da data combinada para a chegada de Kasparov a Amesterdão. Mas Kasparov acabou por conseguir comparecer. Para o xadrezista, estar no Ocidente é claramente um alívio. Por um dia ou dois consegue escapar das atenções das organizações juvenis que apoiam o regime de Putin. "Eles tornam-lhe a vida impossível", diz-me Novikova, acrescentando que até o filho de Kasparov precisa de ser acompanhado por guarda-costas quando vai para a escola. O próprio Kasparov está sob vigilância 24 horas por dia, e os seus telefones estão sobre escuta. A sua imagem pública está a ser alvo de um ataque de propaganda que visa desacreditá-lo.



A coragem de Kasparov é inegável, mesmo que se questione se ele será tão competente na política como é no tabuleiro. Numa altura em que os jornalistas russos são intimidados e assassinados, Kasparov tomou a iniciativa de denunciar o regime de Putin, sendo consistente na sua mensagem ao denunciar a falta de empenho dos países do Ocidente no combate às violações dos direitos humanos na Rússia. Kasparov é cristalino nos seus ataques aos oligarcas que acusa de abafar a economia, enquanto espera que a crise económica actual possa acordar os seus compatriotas e terminar com a sua apatia, duvidando que Putin e o Presidente Dimitry Medvedev gozem efectivamente de apoio popular.
Como o filme torna claro, Kasparov está a pagar um preço elevado pela sua campanha contra o Kremlin. Anda sempre acompanhado por guarda-costas e há um receio real de que possa sofrer o mesmo destino que Anna Politskovaya ou Paul Klebnikov, jornalistas que foram assassinados.

As características que fazem um excelente xadrezista não são claramente as mesmas que fazem um político de sucesso. A intensidade cerebral que conduziu Kasparov no tabuleiro ainda é evidente, mas parece faltar-lhe a flexibilidade e o charme necessário a um político.

Quando Kasparov chega finalmente a Amesterdão, teve o mesmo comportamento que demonstrava nos seus torneios de xadrez. Activo e articulado, falou em ritmo acelarado, como se o relógio estivesse a contar. "O que se vê no documentário é, infelizmente, o quotidiano daqueles que se opõem à ditadura na Rússia... é um material bastante educativo para aqueles que ainda acreditam que a Rússia de Putin pertence ao arco dos países democráticos. Infelizmente, já estamos no campeonato do Irão, de Cuba, da Bielorússia e outros que tais", foi a sua declaração inicial.



Kasparov acredita que 85% da população russa sofre devido ao regime de Putin. Apesar de o campeão falar sobre si mesmo, ao estilo de Júlio César, na terceira pessoa, ele também insiste que a sua carreira política não é conduzida pelo egoísmo. "Não é sobre mim, Garry Kasparov, pessoalmente", declarou. "A Rússia é um Estado autoritário. É muito rígido. A censura está cada vez mais dura... como se se tratasse da União Soviética, o regime KGB combate o espelho. Se não gostam dos factos, os factos têm que desaparecer. Não gostam do que Garry Kasparov diz ou faz, pelo que ele não existe na televisão estatal russa".

Kasparov diz que não tem ilusões sobre os problemas que teria que enfrentar quando se lançou na sua carreira política. Em alguns casos, as suas ambições políticas são bastante modestas. Não quer o poder. Como ele diz, "não estamos a tentar vencer as eleições, estamos a tentar ter eleições". Para haver verdadeiros candidatos da oposição nos boletins de voto e para que eles possam fazer campanha em liberdade é o primeiro objectivo - e nesta altura, mesmo isto, é um sonho. "No xadrez, como na política normal, é uma questão de ganhar ou perder. O que estou a fazer não tem nada a ver com ganhar ou perder. É um imperativo moral - lutar pela democracia e pelos direitos humanos!"

segunda-feira, 29 de dezembro de 2008

Balanço dos Distritais de Jovens - evolução dos jogadores


Alguns dados para discussão:

Não é fácil analisar com rigor a evolução dos jogadores, uma vez que as listas de elo não funcionam e, mesmo que estivessem a sair com a regularidade esperada, não se jogaram torneios suficientes para que os dados fossem consistentes.

De qualquer modo, aqui fica a diferença entre o elo inicial e a performance obtida na Fase Preliminar deste ano:



Jogador: Elo Inicial - Performance Final = Diferença de pontos

André: 1296 - 2277 = + 981
Nuno: 1387 - 1840 = + 453
Tiago: 1200 (administrativo) - 1749 = + 549
Rui: 1417 - 1725 = + 308
Ricardo: 1296 - 1725 = + 429



Por outro lado, também não é fácil fazer a comparação dos resultados obtidos, pois o leque de adversários é alterado todas as épocas: com escalões etários de dois em dois anos e jogadores com apenas dois distritais na bagagem, as comparações seriam sempre entre duas amostras diferentes - os adversários da primeira época não são os mesmos da segunda.

Ainda assim, aqui fica a comparação entre o lugar no ranking da lista inicial e a classificação final:




E, também, a lista dos resultados dos Distritais, misturando a classificação da fase de qualificação e a final, quando o jogador se apurou:



Jogador: 2006/2007; 2007/2008; 2008/2009

André: 1.º (final sub-8); 2.º (final sub-8); 1.º (apuramento sub-10)
Nuno: 15.º (apuramento s12); 4.º (final s12); 2.º (apuramento s14)
Tiago: - ; 16.º (apuramento s12); 3.º (apuramento s14)
Rui: - ; 4.º (apuramento s14); 5.º (apuramento s14)
Ricardo: 5.º (final s12); 5,º (apuramento s12); 6.º (apuramento s14)



Os resultados obtidos foram positivos.
Todos os jogadores tiveram uma performance bastante acima do seu elo inicial.
Apenas um terminou abaixo do seu ranking inicial, devido a uma derrota na última ronda.
Ao longo do tempo, os jogadores que já costumavam terminar nas primeiras posições continuam a fazê-lo, enquanto que os menos experientes conseguiram acompanhar os mais fortes e estão agora ao nível destes. A turma conseguiu integrar estes atletas e apresenta-se homogénea, o que já tinha sido visível na participação na Taça AXP.

Todavia, os resultados parecem estar a estabilizar. Os jogadores (Ricardo, Rui) já terminam nos primeiros lugares mas, tirando o André (também ao nível Nacional) e o Nuno (apurou-se esta época e na anterior para a fase final do Distrital), ainda não jogam para o primeiro lugar. O Tiago, apesar de tudo, ainda tem muitas poucas partidas lentas jogadas (talvez menos de 20).

Parece haver dois motivos principais para esta estabilização:

1) Falta de experiência e ritmo competitivo

Esta prova foi a primeira em ritmo clássico que os elementos da turma jogaram esta época, a nível individual. As exigências de um torneio com sessões diárias, às vezes bidiárias, é muito diferente daquelas com que se defrontaram na Taça AXP, prova colectiva, com ritmo semanal e possibilidade de descanso superior a uma semana.

2) Esquema de apuramento do Distrital

A fórmula adoptada pela AXP para o Distrital de Jovens impunha, já se sabia, a eliminação de vários jogadores com possibilidade de lutar pelo título logo na fase de apuramento.

Ao apurar apenas 2 atletas, ficou desde logo impossibilitada a participação de todos os elementos da turma na fase final da prova. Ainda assim, os resultados foram muito meritórios e, embora não tenha acontecido desta vez, graças à excelente prova do Rui Cardoso, todos os lugares de apuramento podem ser preenchidos pela nossa turma:

Classificação Final do Apuramento dos Sub-14:

1.º Rui Cardoso (Espinho) - 6 pontos
2.º Nuno (GXP) - 5
3.º Tiago (GXP) - 4,5
4.º João Castro (Vila D'Este) - 4,5
5.º Rui (GXP) - 4
6.º Ricardo (GXP) - 4
7.º José Pintor (Alfenense) - 4
8.º António Marinho (Gaia) - 3
9.º Pedro Dias (Gaia) - 3
...
15.º Cristiana Ribeiro (Amial-Regado) - 3
...
inscreveram-se 24 jogadores.

Os 4 elementos da turma ficaram nos 6 primeiros lugares.
O Nuno apurou-se e o Tiago será o seu suplente e o do Rui Cardoso.


Um caminho a equacionar, é o de tomar um "atalho": jogar muitos torneios clássicos durante o ano, garantir a entrada no ranking internacional e, assim, conseguir o apuramento directo.
Não há dois torneios iguais, é certo, mas estou confiante que o nível actual dos elementos da turma é suficiente para, qualquer um deles, terminar em primeiro em qualquer prova do seu escalão.
Aliás, o Rui já venceu os sub-14 num prova de semi-rápidas esta época.


Duas notas finais que têm a ver com a prova e não com a turma:

1) Subscrevo a "ideia" do GoodChess: permita-se o acesso do público às salas de jogo. Estas provas também devem ser didácticas neste aspecto, para jogadores e público.

2) Apesar de, à luz da promoção da modalidade, ser compreensível o apuramento da melhor feminina para a fase final, o esquema parece contraproducente: a existência de uma fase preliminar visa garantir uma fase final muito disputada que serve de preparação para os Campeonatos Nacionais.
Todavia, nenhuma das três meninas que jogaram os sub-14 tem, objectivamente, força de jogo para aquela fase final: a apurada, por inerência, terminou no 15.º posto, com 3 pontos, sendo que 2 foram alcançados por falta de comparência. Aliás, durante a prova perdeu com a 2.ª feminina na terceira ronda. Esta fez dois pontos: além desta vitória, fez um ponto com o bye.

A questão das quotas coloca-se normalmente por uma questão de igualdade: há que dar tratamento igual a situações iguais, e distinto a situações diferentes. Todavia, as situações que geram a desigualdade - que se pretende ver resolvida através desta discriminação positiva - resultam normalmente de questões subjectivas relacionadas com o acesso a um direito: é o caso, por exemplo, das quotas partidárias - como o legislador entendeu que as mulheres têm maior dificuldade no acesso à vida política (uma vez que, tradicionalmente, assumem maiores responsabilidades na vida familiar), criou a lei da paridade.
Ora, aqui a situação é diferente.
Não se trata de uma situação de desigualdade no acesso à fase final do distrital, pois os critérios estão definidos e são iguais para todos os participantes. As raparigas jogam, como os rapazes, a fase de apuramento. Mas, no entanto, apuram-se de maneira diferente.
E estando no campo do "mérito", como alguns gostam de colocar a questão, o preenchimento dos critérios previamente definidos seria bastante para concretizar o dito princípio da igualdade. (a situação actual até parece violá-lo)
Como, aliás, se nota nos concursos de acesso ao ensino superior, à magistratura ou à carreira diplomática, em que, perante circunstâncias iguais, as senhoras costumam ter maior percentagem de sucesso.
Também não é por acaso que as situações de compadrio nunca foram designadas por "jobs for the girls" nem nunca se ouviu falar de "old girls networks"...



Creio que as raparigas e os rapazes têm abordagens diferentes ao jogo. E concordo com a GM Susan Polgar, que também advoga a necessidade do "xadrez feminino", seja para premiar, seja para evitar o isolamento, há várias boas razões.
Todavia, no caso, a inerência da melhor feminina (que vai jogar a fase final do distrital absoluto com o título feminino já assegurado) será até contra-producente: para os restantes jogadores apurados, o jogo não será estimulante; para ela, não será agradável acabar a prova com 5 batatas.
Pelo menos a experiência que, no ano passado, tivemos com uma jogadora em idênticas circunstâncias, não foi a melhor.

Só jogadores experientes e com método de trabalho conseguem tirar proveito de serem o saco de pancada. Para os restantes é desmotivador.

Camião estacionado à frente da baliza

Rellstab - Ulrich
Berlim, 1929
Ref.ª 202101

Jogam as brancas



Estranhamente, as peças negras, com a excepção da Dama, recuaram todas para a fila inicial.
Como é que as brancas penetraram nesta construção defensiva pouco habitual?


Dica:
O Rei negro tem muitos defensores. Já a Dama...

quinta-feira, 25 de dezembro de 2008

A todos, um bom Natal!



Distrital de Jovens - Fase de Apuramento 2008/2009




Com 121 inscritos, decorreram em Matosinhos, na Escola Secundária Augusto Gomes, de 19 a 23 de Dezembro, os Campeonatos de Jovens do Distrito do Porto 2009 - Fase de Apuramento, cuja organização foi confiada ao Grupo Desportivo Dias Ferreira. Estiveram em disputa os lugares de acesso às Fases Finais de cada um dos 7 escalões etários.

(...)

O número de participantes nesta época
[menos 10] reflecte o desaparecimento de dois clubes que haviam contribuido significativamente para a elevada participação da época anterior, Estrela e Vigorosa Sport e NX da Escola da Quinta de S. Gens, a par com a ausência, que se lamenta, do NX de Santo Tirso, e da diminuição de outros clubes, não suficientemente compensada com o aumento de outros nem o aparecimento de outros, como a ARC Académica de Monte Pedral e o Xeque Mate Rosário, este ainda não suficientemente preparado para esta competição. Espera-se que este re-arranjo de clubes filiados na AXP propicie um novo incremento da participação nas próximas provas.

(...)

Na 6ª e última jornada poucas eram as lideranças em jogo, mas DIOGO SEIXAS, sub-08 do Moto Clube do Porto/ALPI, pôs as certezas em causa, vencendo o líder do seu escalão, que acaba com 3 jogadores empatados na frente, prometendo, para dois meses depois, uma Fase Final muito disputada. HENISH MENDRA BALU, do GD Dias Ferreira, segurou a liderança dos sub-12, acabando isolado na frente tal como os vencedores nos restantes escalões.
(...)
Ninguém fez sombra à vitória de ANDRÉ VENTURA SOUSA, do Grupo de Xadrez do Porto, nos sub-10. A 2 pontos de distância formou-se um trio com surpreendente maioria feminina: FILIPE MIGUEL REAL, que fica na 2ª posição, CLÁUDIA SOFIA TAVARES na 3ª, ambos da Academia de Xadrez de Gaia, e IRINA FILIPA OLIVEIRA, da AP da Urbanização Vila d'Este, que acaba no 4º lugar.
(...)
Ainda mais dura foi a luta nos sub-14, onde se apuraram apenas dois na frente. Ao incontestado vencedor RUI CARDOSO, da Academia de Xadrez de Espinho, juntou-se NUNO VENTURA SOUSA, do Grupo de Xadrez do Porto, relegando para as posições imediatas os 3 colegas de clube de Nuno, TIAGO BABO DIAS (3º), RUI YANG WANG (5º) e RICARDO BRANDÃO DE PINHO (6º), acompanhados de JOÃO PEDRO CASTRO (4º), da AP da Urbanização Vila d'Este, e JOSÉ BASTOS PINTOR (7º), do AC Alfenense, todos com uma prova de elevado nível competitivo.


Mais informação no site da AXP.

A nossa turma teve aqueles 5 elementos a participar nesta prova.

Nos sub-10, o André abdicou do apuramento directo para a Fase Final e mostrou no tabuleiro, com 6 vitórias em 6 jogos, que está entre os melhores e pode discutir o título de campeão distrital por mérito próprio. Apuraram-se para a fase final os quatro primeiros classificados dos dezoito inscritos, havendo uma quota de acesso para a melhor feminina.

Nos sub-14 jogaram o Nuno, o Rui, o Ricardo e o Tiago. Inscreveram-se 24 jogadores, sendo que apenas 2, e a melhor feminina, passaram à Fase Final. Dado o reduzido número de vagas para o apuramento e o nível homogéneo dos participantes, foi a prova mais competitiva destes campeonatos distritais.


André Ventura Sousa, sub-10 (apura 4+1).
1296 pontos de elo, 1.º do ranking inicial.

Terminou em 1.º lugar, com 6 pontos:
APURADO

1.ª jornada - venceu Ivo Vilela (Amial-Regado)
2.ª jornada - venceu Ivan Peixoto (Vila D'Este)
3.ª jornada - venceu Miguel Pereira (Espinho)
4.ª jornada - venceu Ruben Marriós (Cem Paus)
5.ª jornada - venceu Filipe Real (Gaia)
6.ª jornada - venceu Cláudia Tavares (Gaia)

2007/2008: Vice-Campeão Distrital e Campeão Nacional, no escalão sub-8.
2006/2007: Campeão Distrial Sub-8 (1.º na fase de apuramento).


Nuno Ventura Sousa, sub-14 (apura 2+1).
1387 pontos de elo, 4.º do ranking inicial.

Ficou em 2.º lugar, com 5 pontos, tendo tido uma performance de 1840 pontos:
APURADO

1.ª jornada - venceu André Martins (Pontex)
2.ª jornada - venceu João Duarte (Espinho)
3.ª jornada - ganhou ao Rui
4.ª jornada - venceu Rui Peixoto (1251, Amial-Regado)
5.ª jornada - perdeu com Rui Cardoso (1406, Espinho)
6.ª jornada - venceu José Pintor (1277, Alfenense)

2007/2008: 4.º classificado sub-12 (3.º na fase de apuramento).
2006/2007: 15.º classificado na fase de apuramento sub-12.


Tiago Babo Dias, sub-14 (apura 2+1).
23.º do ranking inicial.

Terminou em 3.º lugar, com 4,5 pontos e uma performance de 1740 pontos:
1.º SUPLENTE

1.ª jornada - venceu Ana Fernandes (Vila D'Este)
2.ª jornada - empatou com João Castro (1303, Vila D'Este)
3.ª jornada - perdeu com José Pintor (1277, Alfenense)
4.ª jornada - venceu António Marinho (1214, Gaia)
5.ª jornada - venceu José Moreira (Vila D'Este)
6.ª jornada - venceu com André Martins (Pontex)

2007/2008: 16.º classificado na fase de apuramento dos sub-12 (estreia absoluta em torneios em ritmo clássico).


Rui Yang Wang, sub-14 (apura 2+1).
1417 pontos de elo, 2.º do ranking inicial.

Concluiu em 5.º lugar, com 4 pontos e uma performance de 1725 pontos:


1.ª jornada - venceu Ana Cunha (Moto Clube)
2.ª jornada - venceu João Pintor (Alfenense)
3.ª jornada - perdeu com o Nuno
4.ª jornada - venceu André Hiryama (Gaia)
5.ª jornada - ganhou ao Ricardo
6.ª jornada - perdeu com Rui Cardoso (Espinho)

2007/2008: era o 18.º do ranking inicial e terminou a fase de apuramento em 4.º (sub-14).


Ricardo Brandão de Pinho, sub-14 (apura 2+1).
1296 pontos de elo, 7.º do ranking inicial.

Finalizou em 6.º lugar, com 4 pontos e uma performance de 1725 pontos, os mesmos resultados do Rui, 5.º classificado:


1.ª jornada - venceu José Moreira (Vila D'Este)
2.ª jornada - venceu José Souto (Alfenense)
3.ª jornada - venceu João Castro (1303, Vila D'Este)
4.ª jornada - perdeu com Rui Cardoso (1406, Espinho)
5.ª jornada - perdeu com o Rui
6.ª jornada - venceu António Marinho (Gaia)

2007/2008: ficou em 5.º lugar na fase de apuramento dos sub-12.
2006/2007: 5.º classificado nos sub-12 (2.º na fase de apuramento).

terça-feira, 23 de dezembro de 2008

Finish him! - parte II

Rotman - Tseitlin
Genebra, 1999
Ref.ª 1901

Jogam as brancas



A Torre e a Dama negras estão longe do palco dos acontecimentos.
Como é que as brancas aproveitaram esse afastamento para um ataque fulminante?
Consegues descobrir o mate das brancas?

Há procura de lembranças para uma festa de Natal?




Aqui ficam duas sugestões:


A Vida Imita o Xadrez, de Garry Kasparov (editora Gestão Plus)


Já está disponível a versão portuguesa do "How Life Imitates Chess" - site oficial aqui.

Nesta obra, Kasparov parte das lições que, durante a sua carreira enquanto xadrezista profissional, aprendeu no tabuleiro, para enunciar os princípios fundamentais dos pontos-chave de um bom processo de decisão: como avaliar oportunidades, antecipar o futuro e desenhar estratégias vitoriosas.

De uma forma viva e original, Kasparov apresenta as bases da estratégia, da avaliação, do desenvolvimento de um estilo pessoal e da utilização da memória, da intuição, da imaginação e, até, da fantasia.

Levando os leitores até aos grandes matches da sua carreira, incluindo os duelos lendários contra o GM Karpov e o super-computador da IBM Deep Blue, Kasparov também se socorre de outras experiências pessoais e exemplos retirados da vida política, literária, desportiva e militar. Independentemente da situação e do adversário, Kasparov ensina os leitores a combinar a capacidade bruta da análise com o instinto que um xadrezista - ou um empresário - de sucesso utiliza contra o seu oponente.

Com franqueza, discernimento e, por vezes, com humor, Kasparov olha para as suas vitórias e para os seus erros, na perspectiva quer do xadrezista da elite mundial, quer na do líder político da Coligação Outra Rússia.

Combinando a visão estratégica com as memórias pessoais de Kasparov,
A Vida Imita o Xadrez é uma breve vislumbre da mente de um dos maiores e mais inovadores pensadores da actualidade.

Preço: € 16,00


Para uma leitura mais soft,

Não Compreendo as Mulheres, de Ivar Corceiro (editora Ulisseia)


Ivar Corceiro já esteve aqui no blogue, em Agosto, devido às composições sobre xadrez, como a que se encontra no início deste post, que publica de vez em quando no seu blogue Não Compreendo as Mulheres.

Na altura escrevi que "foi a partir destes cartoons escaquísticos que me tornei leitor do não compreendo as mulheres, o blogue do Ivar Corceiro, uma espécie de homem do renascimento do século XXI: mais que cartoonista, ele é DJ/VJ residente no "melhor bar do mundo", onde, em parceria com a DJ Moa Bird, actua o Couscous Projeckt; é cronista, e "todas as sextas (ou quase) [são publicadas] as Crónicas da Cidade que Sopra, no Diário de Aveiro"; faz fotografia, performances, desenhos digitais e alguns dos seus filmes passam em festivais - outros, às vezes, por falta de orçamento, viraram contos - e publicou o livro Numa Avenida de Merda; De resto, é bloquista, parece porreiro, anda na casa dos 30, é divorciado, pai babado e não compreende as mulheres..."

Como já devem ter adivinhado, alguns dos posts do blogue deram origem ao livro.
Podem lá dar um saltinho e, se gostarem, podem comprar o livro: como algum software, "what you see is what you get"!

Preço: € 12,00
Locais de Venda.

sexta-feira, 19 de dezembro de 2008

"«Corredores» há muitos, seu palerma!"

Vera - Gulko
Lucerne, 1993
Ref.ª 1801

Jogam as negras



As brancas estão alegremente adormecidas na ala de dama.
Como é que as negras aproveitaram essa inactividade para um ataque fulminante?
Consegues descobrir o mate das negras?

Chocante! Tiago volta a aproveitar-se do espírito natalício!


Depois de, no ano passado, ter ganho a II edição do torneio "Natal S. Bento", o Tiago precisou que o espírito natalício tocasse o coração dos adversários para voltar a terminar no topo da classificação.

Foi necessário passarem mais de 365 dias até o ambiente estar propício a nova escalada na lista final. Ao longo do ano, todas as tentativas de conquistar os diversos canecos em disputa bateram na inflexibilidade dos oponentes: "Queres ganhar o torneio? Pensas que é Natal?" ou "Pareço o Pai Natal?" eram algumas das respostas ouvidas quando, nas últimas sessões, subia às primeiras mesas.

O cenário não era diferente nas provas em sistema de todos contra todos, como as rapidinhas das quartas-feiras do Moto Clube. Mas, ao fim de algumas semanas "normais", chegou, feliz (e finalmente), a época do ano que faz os bons corações deixarem os esforçados ganhar pelo menos uma vez no ano...

Depois do II Natal S. Bento, o Tiago, aproveitando-se do espírito natalício dos adversários, venceu as rapidinhas de Natal do Moto Clube, e logo com 10 vitórias em 10 partidas. A questão que se coloca agora na Rua Aurélia de Sousa é a de saber se o espírito natalício deve, ou não, ser considerado substância dopante...

Quanto ao Tiago, para o ano há mais!

quinta-feira, 18 de dezembro de 2008

III Torneio "Natal Conde S. Bento"

Pelo Núcleo de Xadrez de Santo Tirso, com fotos da edição do ano passado retiradas desta crónica.



No próximo domingo, dia 21 de Dezembro, joga-se o III Torneio "Natal Conde de S. Bento", um torneio em ritmo semi-rápido, que vai ser jogado no salão nobre da Escola Agrícola, em Santo Tirso.


Salão Nobre da Escola Agrícola


Regulamento
Organização, data e local


O torneio aberto de xadrez de partidas semi-rápidas, organizado pelo Núcleo de Xadrez de Santo Tirso, com a colaboração da AXP – Associação de Xadrez do Porto e da Escola Profissional Agrícola Conde de S. Bento, realizar-se-á no dia 21 de Dezembro, domingo, nas instalações desta escola, em Santo Tirso.


Claustro da Escola Profissional Agrícola Conde de S. Bento


Realiza-se em sistema suíço de 7 sessões, com um ritmo de jogo de 15 minutos para cada jogador terminar a partida. Um jogador será eliminado após a primeira falta de comparência, cuja justificação seja indeferida pela Direcção da prova.
A Direcção do Torneio estará a cargo Ricardo Amaral e os árbitros serão nomeados pela AXP.

O horário das sessões é o seguinte:
14.00 h. – Recepção e confirmação das inscrições
14.30 h. – 1ª sessão
Seguem-se as restantes 6 sessões, com um intervalo para lanche pelas 17 horas.
19.00 h. – Entrega dos prémios

No final do torneio serão distribuídos troféus aos três primeiros classificados da Classificação Geral e ao primeiro de cada escalão, de sub 8 a sub 16. Todos os participantes receberão uma lembrança pela participação neste torneio.


Elementos da organização e da vigorosa comitiva


Participantes e inscrições
Destina-se a jogadores federados e não federados, residentes ou não no concelho de Santo Tirso e de todas as idades.
Haverá um limite máximo de 100 jogadores, sendo o único critério de prioridade a ordem de inscrição.


Durante a II edição da prova


A taxa de inscrição é de 2 € para seniores e veteranos e 1 € para os restantes.

As inscrições deverão ser enviadas para Ricardo Amaral – 917 687 563, e-mail rjasamaral@hotmail.com até ao dia 19 de Dezembro. Cada jogador deverá indicar o nome completo, data de nascimento, clube a que pertence, nº FPX e nº FIDE, e Elo de semi-rápidas, se tiver.

A inscrição e participação no torneio significa a aceitação do presente regulamento.
Tudo o que nele é omisso será resolvido pela Direcção e Arbitragem da prova, tendo em conta os regulamentos e as regras da FIDE e FPX, não havendo, portanto, recurso das suas decisões.
Para qualquer esclarecimento ou informação deve contactar-se o endereço acima indicado ou telefonicamente.

As inscrições continuam abertas na sede para os sócios e outros que queiram participar.

terça-feira, 16 de dezembro de 2008

"Finish him!"

Caurin - Kovacevic
Valência, 1998
Ref.ª 1601

Jogam as brancas



Aqui, as brancas transformaram a sua pressão na ala de Rei num belo ataque.
Consegues descobrir a conclusão?

A/c clubes filiados na AXP



O recém-eleito Conselho Jurisdicional da Associação de Xadrez do Porto publicou, na sua secção do site desta, o processo relativo à primeira consulta para Parecer, em cujo sumário da deliberação se pode encontrar os respectivos pressupostos legais e requisitos de facto, informação que será útil para quem, no futuro, pretender consultar aquele órgão:

Parecer n.º 1/2008-2012
Falta de elemento subjectivo do acto (destinatário)
Requisitos da consulta para emissão de parecer.


1. A consulta para Parecer está dependente da verificação dos requisitos previstos no artigo 18.º, n.º 2, alínea a), dos Estatutos da AXP: um subjectivo, relativo a quem pode solicitar o parecer, e outro material, sobre o objecto da consulta.

2. Assim, o Conselho Jurisdicional só pode ser consultado pela Assembleia-Geral, a Direcção, o Conselho Fiscal, o Conselho Técnico ou o Conselho de Arbitragem, todos da Associação de Xadrez do Porto, e, bem assim, pelos clubes nela filiados, desde que o objecto da consulta seja "assunto de carácter jurídico" que, naturalmente, tem de ser devidamente concretizado (nomeadamente através da indicação de toda a factualidade relevante) e dizer respeito à prossecução das atribuições ou ao exercício das competências daquelas entidades.

3. O requerente do parecer, enquanto seu destinatário imediato, é um elemento subjectivo fundamental do procedimento e do acto final, pelo que a verificação superveniente da sua inexistência consequencia a extinção daquele, por impossibilidade da prática deste (artigo 112.º, n.º 1, do Código de Procedimento Administrativo), e o consequente arquivamento do requerimento.

segunda-feira, 15 de dezembro de 2008

Criando laços familiares através do xadrez

Por Laura Sherman (www.yourchesscoach.com), retirado do blogue da GM Susan Polgar
(imagens acrescentadas)




Relembre-se do momento em que aprendeu a jogar xadrez. Foi a sua mãe ou o seu pai que o ensinou? Talvez um avô? Ao longo dos anos tenho ouvido, de várias pessoas, muitas estórias maravilhosamente aconchegadoras da sua introdução ao xadrez. Essas memórias são acarinhadas até à idade adulta, o que mostra que o xadrez é uma experiência que cria laços.

O meu pai ensinou-me a jogar quando eu tinha 9 anos. Eu tinha um fascínio por aqueles tabuleiros montados, espalhados por toda a sala de estar, cada um com a sua posição. Ele gostava de uma coisa chamada "xadrez pos correspondência", através do qual jogava, através do correio, com pessoas que viviam em muitos locais exóticos e distantes. A maior parte dos seus adversários viviam na Rússia, pelo que cada jogada demorava meses a chegar.



O dia em que um postal chegava, com o seu selo intrigante, era sempre excitante. Vinha com aquele código misterioso, só conhecido pelos jogadores de xadrez, que indicava ao meu pai o próximo lance.

Apaixonei-me rapidamente pelo jogo e quando venci o meu pai pela primeira vez rapidamente decidi experimentar um torneio. Apesar de o meu pai estar mais interessado na correspondência, acompanhou-me na minha primeira prova para que eu não estivesse sozinha.
A primeira coisa que notei, naquele pequeno torneio do Connecticut, foi que eu era a única rapariga e a única criança. Era um pouco intimidante mas como o meu pai estava lá também, não fazia mal. Pouco tempo depois já estava mergulhada nos meus jogos, imersa na batalha, desejosa de conquistar o meu adversário e esquecida que as previsões estavam claramente contra mim.
Não tenho a certeza de quem ficou mais surpreso e contente, se o meu pai ou eu, quando terminei no segundo lugar.

Já adulta, tirei um ano para viajar pelo país e jogar em competição. Quando participei no Open de Nova Iorque, o meu pai apanhou um comboio e veio do Connecticut para me ver jogar. Após cada jornada, discutiamos sobre os melhores e os piores momentos, analisavamos o meu jogo e ele por vezes mostrava o seu desagrado pelas minhas opções (especialmente quando optava por especular, sacrificando).



Claro que a maior parte das pessoas não chega ao nível de competição, mas mesmo assim não deixa de ser uma incrível experiência que une as pessoas. Quer levando um tabuleiro para o campismo ou para a praia, quer ficando em casa e ter um tempo para a família depois do jantar, não há nada como o xadrez para aproximar as pessoas.

Actualmente, na idade da televisão e das consolas, não seria maravilhoso ver famílias a jogar xadrez umas com as outras? E, imagine só por um momento, onde poderão as nossas crianças chegar se ganharem a confiança que as vitórias no xadrez dão.



Para alguns dos pais que me leiem, o primeiro passo pode ser aprender como jogar. Não é difícil aprender as regras e eu posso ensinar-vos as estratégias fundamentais numa hora ou duas. Se o vosso filho sabe jogar, aprendam com ele. Se nenhum sabe, procurem a ajudar de um treinador. É para isso que nós estamos aqui.

domingo, 14 de dezembro de 2008

Valências de um clube de xadrez (in memoriam Pedro Rodrigues)







O que tem um bom clube de xadrez?


- Pode ter um bom local para a prática da modalidade, como, por exemplo, a sala do Grupo de Xadrez do Porto;


Estas imagens foram retiradas do site Jornalismo Porto Rádio, onde acompanham uma peça sobre o EVS.

- Pode disponibilizar o acesso a esse local a um número diversificado de pessoas para que todos os interessados possam dele usufruir, independentemente dos horários de funcionamento pré-definidos;

- Pode ter uma grande preocupação com a formação, criando e acarinhando uma Academia para os mais novos que ensine o xadrez no âmbito do "jogo" da cidadania, para além, pois, dos meros aspectos técnicos, e, portanto, preterindo a aceitação das "transferências do defeso" - que desfalcam outras escolinhas - em favor da captação de crianças que nunca tenham jogado ou não estejam activas noutro clube;

- Pode organizar todo o tipo de encontros:

a) Festas informais para jogar xadrez e computador ou ver filmes, convidando os pais dos mais novos a participar e a confeccionar "multas" para o lanche;

Xadrez Com Sabor, EVS, 15-06-2006 (prémio para o vencedor: jantar rodízio na semana seguinte, no restaurante do clube)
b) Encontros periódicos durante a semana, em horário pós-laboral, para o ensino e a prática do jogo, como o Moto Clube começou esta época a fazer, às segundas e quartas, respectivamente;


c) Uma prova anual de competião oficial que tenha qualidade e envergadura mas, ao mesmo tempo, seja idónea à massificação e captação de novos jogadores para o clube;


d) Uma prova anual que deixe o xadrez a um palmo do nariz de toda a gente!
(Festival Dolce Vita 2007: mais de 400 pessoas jogaram mais de 1000 partidas; no dia em que o FC Porto defrontou o Chelsea para a Liga dos Campeões, a Administração do shopping estima que mais de 5000 pessoas passaram pelo tabuleiro gigante que estava no átrio; os reflexos desta organização chegaram às páginas da imprensa nacional e, até, ao blogue da GM Susan Polgar, um site xadrezístico de referência a nível mundial, passando pelas melhores páginas nacionais, como por exemplo pelo Peão Dobrado)


e) Provas particulares, a qualquer hora, em qualquer lugar, para qualquer tipo de praticantes;

f) Provas oficiais nacionais - como Preliminares do Distrital Absoluto, Fase Preliminar dos Distritais de Jovens ou Torneio Distrital de Honra para Jovens;

g) Encontros internacionais, como os Matches Porto-Corunha;

h) ...


- Pode ter uma página na internet para manter o contacto com os seus sócios (conteúdo: notícias e resultados, historial do clube, melhores resultados de sempre, página pessoal de cada atleta com o seu curriculum desportivo, informações sobre a Academia (bolsa de treinadores, horário das turmas, acervo da biblioteca e da mediateca...)...;

- Pode ter uma publicação periódica em papel para manter o contacto com aqueles que não têm acesso à internet, como faz a Academia de Xadrez da Benedita;


- Pode organizar deslocações e aproveitar o xadrez para conhecer o país;

- Pode ter sempre presente a preocupação de ser rigoroso na aplicação dos princípios da gratuitidade e da igualdade na promoção da modalidade, não tendo lucro com as aulas nem criando regimes especiais de inscrição para jogadores titulados (os fixes aparecem na mesma...)


- Deve saber que um clube de xadrez pode ter as melhores valências, mas que só será bom se for um meio para os seus xadrezistas serem bons jogadores no tabuleiro da vida. A AX Benedita, por exemplo, tem uma sala de estudo onde se dá explicações de matemática.


Um bom clube de xadrez pode ser assim, mas também pode ser de muitas outras maneiras diferentes.

A secção de xadrez do Estrela e Vigorosa Sport (2006-2008) teve, na sua última época, cerca de 50 jogadores filiados, nenhum deles proveniente de outro clube onde estivesse actividade.
(aliás, a admissão da transferência de um jovem e promissor jogador - com o clube tinha muitas boas relações, por sinal -, requerida pelo próprio, foi sujeita à anuência da sua anterior equipa. Como não a quis solicitar, foi jogar para outro clube, apesar de ter sido informado que podia integrar uma turma da Academia do Vigorosa e jogar pelo clube do qual acabou por se desvincular - o único da sua localidade e que, assim, viu partir uma "jóia" da terra, lá descoberta e criada)

Esta secção foi criada em Abril de 2006, tendo sido um projecto traçado pelo Pedro Rodrigues e acolhido pelo Dr. Páscoa, dos órgãos sociais do EVS. Suspendeu a sua actividade em Setembro de 2008, no final da época.


In Memoriam Engenheiru Supremu (29/09/76 - 14/11/08)

sábado, 13 de dezembro de 2008

Gambito de Dama

Esta semana, os desafios são retirados de posições-chave de encontros da última sessão da Taça AXP.

Diogo Valente - Tiago Dias
Taça AXP, 3.ª Ronda
3.ª mesa do GDDF D - GXP D





Jogam as negras.


a) 5. ... Dd7 é bom para as negras?

b) Sugere (e justifica, claro) três lances candidatos para as negras.

sexta-feira, 12 de dezembro de 2008

Xadrez da Família Dias



Os vigorosos Manuel e o Tiago Dias partilham connosco as suas peças familiares que foram esculpidas, a canivete, por um antepassado.

Há já algum tempo que me tinham dito ter este conjunto de peças, mas sempre pensei que o canivete produziria resultados mais toscos.

Estava bem enganado!
Com um ar rústico mas bastante personalizado, as peças poderiam ser verdadeiras esculturas-retratos.

Ora vejam:




O exército negro.



Vista parcial do conjunto branco.



Pormenor do Cavalo e da caixa de armazenamento.



Pormenor dos Reis, da Dama branca e do Bispo negro.