terça-feira, 31 de março de 2009

Elo FIDE - Abril 2008



Já saiu a lista de elo internacional relativa ao último trimestre.
Dados dos dois elementos da turma que dela constam:

Tiago Pinho - 1905 pontos (1 partida contabilizada, perdeu 9 pontos)
211.º português (- 8), 41.204 do mundo (- 957) (jogadores activos).
Record: 1914 pontos, 204.º português, 40.247.º do mundo - Janeiro 2009

Hélder Pinho - 1881 pontos (6 partidas contabilizadas, ganhou 51 pontos)
242.º português (+ 2), 43.326.º do mundo (+ 3682)(jogadores activos).



E os dos principais jogadores do clube:

António Silva - 2230 pontos (6 partidas contabilizadas, perdeu 4 pontos)
25.º português (=), 8.976.º do mundo (- 281) (jogadores activos).
Record este ano: 2234 pontos, 25.º português, 8.695.º do mundo

Hugo Martins - 2189 pontos (0 partidas contabilizadas)
39.º português (- 1), 11.994.º do mundo (jogadores activos).
Record este ano: 38.º português

MFF Ariana Pintor - 2123 pontos (-2 pontos em 4 partidas)
58.º português (- 4) (3.ª portuguesa), 17.639.º do mundo (-279) (jogadores activos).
Record este ano: 2125 pontos, 54.º português, 17. 633.º do mundo

Fernando Cleto - 2126 pontos (+5 pontos em 5 partidas)
56.º português (+ 1), 17.608.º do mundo (+ 545) (jogadores activos).



Portugal (2423 pontos) desceu 3 lugares e ocupa agora a 61.ª posição, com mais 8 pontos que o Bangladesh e menos 8 que a Austrália.
Pontuam para a classificação nacional os dez xadrezistas lusos melhor classificados - 1.º Diogo Fernando, 2488 (+ 6); 2.º Luís Galego, 2454 (- 40); 3.º Sérgio Rocha, 2427 (=); 4.º Ruben Pereira, 2422 (- 1); 5.º António Fernandes, 2415 (- 7); 6.º Rui Dâmaso, 2413 (- 1); 7.º Carlos Pereira dos Santos, 2409 (=); 8.º Paulo Dias, 2406 (+ 1); 9.º António Vítor, 2398 (+ 10); 10.º António Fróis, 2397 (+ 9).

segunda-feira, 30 de março de 2009

Nacional de Jovens: Momentos vigorosos no primeiro dia



Nos sub-10, o André começou o torneio com uma forte adversária,


... a Rita Jorge, do AEFCR Penichense, actual Campeã Nacional escolar, e jogadora que colecciona títulos como gente grande.

A partida foi disputada e equilibrada, variando bastante quanto a quem estava melhor, e quando o André se podia preparar para atacar o Rei negro...


... preparou demais, jogou 25. Dg4?? e perdeu o Bispo.


Se não se tivesse deslumbrado, poderia ter continuado com o mais "normal" 25. Td5, sendo que depois de Tad8 26. Bd4 Txd5 27. Dxd5


... Não é possível 27. ... Txe2, devido a 28. Dxg5+!!


a) 28. ... hxg5 29. Th8#
b) 28. ... Rf8 29. Bxc5+ dá vantagem decisiva às brancas.

Na partida (1.º diagrama), além de 25. Dg4, depois de 25. ... Txe5, o André ainda jogou 26. Txh6??. Um início de prova precipitado frente a uma das promessas do xadrez feminino nacional.




O Nuno jogou com a Maria Inês Oliveira (Didáxis), uma menina que também já nos habituou a bons resultados (ficou, por exemplo, em 5.º lugar nos Campeonatos da União Europeia de 2008).




Depois de uma partida difícil, o Nuno finalizou do melhor modo:
31. ... Txf5!! 32. Td1 Txd5!





O Tiago também entrou a todo gás, fruto de uma concentração que a imagem seguinte bem documenta:




O Cláudio Sá acabou de jogar 34. Tf7?

35. Txh6+ Rxh6 36. Dg6#

Nacional de Jovens: Foto-Reportagem no alojamento alternativo



Por motivos aqui já amplamente expostos, a maior parte da nossa comitiva não está no alojamento "oficial" da prova.


Apesar de a viagem ter sido feita em conjunto, o Rui Wang ficou no hotel com os treinadores da AXP.


Mas, pelo que se vê da amostra, o resto da malta não está mal instalada.


Além de que, aparentemente, o pai-colega-motorista-delegado-treinador também não se sai mal no papel de cozinheiro...


... e de chefe de cozinha, já que põe a equipa a trabalhar...


... e com as tarefas bem distribuídas.


Com as novas tecnologias, as partidas são analisadas várias vezes e em vários locais.


E mesmo a brincar, com esta malta o xadrez é sempre vigoroso!
(num próximo post já vos damos uma amostra)

Europeu de Clubes: Portugal sem representante por falta de dinheiro


Mais uma entrevista relevante do Sport Canal Notícias.


"Infelizmente a modalidade do xadrez não arrasta multidões"
Fernando Carapau, do GD Diana, falou acerca do xadrez em Portugal, do seu clube e da ausência deste no europeu de clubes que começa já no dia 5 de Abril.


Por Jaime André, no SCN (30.03.09 - 15h10)



Em vésperas do arranque do Campeonato Europeu de Xadrez em clubes, o GD Diana, bi-campeão nacional, não marcará presença por falta de apoios financeiros.

O scn falou com o Fernando Carapau, responsável da secção do xadrez do GD Diana, acerca do clube e do panorama do xadrez em Portugal.

O GD Diana tem dominado o panorama xadrezistico nacional, conquistando nos ultimos dois anos, 2 campeonatos nacionais, 2 taças de portugal e 2 supertaças. A que se deve este sucesso?
De facto tem sido histórico para o GD Diana, para a cidade de Évora e para o Alentejo em geral esta dinâmica vencedora. O sucesso deve-se em grande parte à qualidade dos jogadores do GD Diana pois foram os jogadores a conquistar tais títulos para o clube eborense. Aproveito esta oportunidade para agradecer a todos eles pelo seu empenho, dedicação e profissionalismo ao serviço do clube.

Para além do factor da qualidade dos jogadores quero salientar o factor mais importante para mim, que é o espírito de grupo e a amizade que reina no seio da equipa. Tem sido um orgulho para o GD Diana contar com a contribuição de jogadores de grande nível competitivo, entre eles: MI Fernando Silva, GM Kevin Spraggett, MI Luís Santos, GM Alexander Riazantsev, MI Paulo Dias, GM Igor Kurnosov, WIM Catarina Leite, GM António Fernandes e MI Alekxander Veingold.

Sente que estas conquistas trouxeram uma maior responsabilidade e pressão a equipa? Como isso tem sido gerido pelo clube?
Não se pode colocar pressão nem responsabilidade a uma equipa que em dois anos vence as provas mais importantes do calendário nacional. A filosofia do GD Diana ao longo dos anos que está na 1ª Divisão (desde a época 1995/1996) tem sido sempre a mesma, i.e. participar sempre na sua máxima força competitiva e respeitando sempre os seus adversários. Esta forma de actuar já deu ao clube 8 títulos nacionais: 3 Campeonatos Nacionais da 1ªDivisão por Equipas (95/96, 06/07, 07/08), 2 Taças de Portugal (06/07, 07/08) e 3 Super Taças (96/97, 07/08, 08/09).

Começaram a época com a conquista da Supertaça, que se pode esperar do GD Diana para o resto do época?
Em termos colectivos o GD Diana vai apresentar-se na sua máxima força para a competição da Taça de Portugal e para o Campeonato Nacional da 1ª Divisão por Equipas. O GD Diana reforçou-se com um novo jogador, o actual Campeão Nacional Individual, i.e. o GM António Fernandes que será certamente uma mais valia para a equipa. É uma grande honra para o GD Diana juntar na sua equipa alguns dos melhores jogadores portugueses em actividade como António Fernandes, Luís Santos, Paulo Dias, Catarina Leite e o fantástico, ilustre e histórico Fernando Silva. Seria histórico repetir os êxitos anteriores, mas se tal não acontecer iremos felicitar os vencedores.

O GD Diana como campeão nacional ganhou o direito de representar Portugal no campeonato europeu de clubes, que se inicia na Austria no próximo dia 5 de abril. No entanto não irão estar presentes. Qual o motivo?
A equipa eborense do GD Diana já ganhou o direito de representar Portugal no Campeonato Europeu de Clubes por três vezes (96/97, 07/08, 08/09) e infelizmente em nenhuma delas conseguiu representar Portugal. O GD Diana não consegue reunir as verbas necessárias e não pretende sobrecarregar os seus habituais patrocinadores com tal apoio.

Infelizmente a modalidade do xadrez não arrasta multidões, e não aparece com regularidade nos jornais, tv´s e rádios e como tal é complicado as empresas patrocinarem esta modalidade ímpar. Este ano o GD Diana tentou o apoio da Secretaria de Estado da Juventude e do Desporto mas até hoje ainda não obteve resposta, o que revela o interesse do estado por este desporto ímpar que devia, em minha opinião, ser uma disciplina obrigatória no Ensino Básico.

Qual a posição da FPX acerca deste assunto?
O GD Diana solicitou apoio à FPX a qual se disponibilizou para ajudar na inscrição e custear apenas essas despesas, o que por si só já é positivo. No futuro, a FPX devia de rever esta situação pois o clube campeão vai representar Portugal. Penso que era visível para a divulgação da modalidade que o seu campeão represente Portugal com regularidade no campeonato europeu de clubes.

Em entrevista ao scn António Fernandes lamentou a falta de reconhecimento e carinho que o xadrez tem em Portugal. Concorda?
Sem dúvida! Concordo plenamente com as palavras do GM António Fernandes.

O que na sua opinião se pode fazer para contrariar essa situação?
Penso que a FPX em colaboração com as Associações e os clubes devia promover acções específicas, inovadoras e objectivas para que a modalidade do xadrez seja reconhecida pela sociedade como uma disciplina/desporto indispensável na formação intelectual e cívica dos jovens. A FPX devia desenvolver todos os esforços possíveis para que o xadrez seja uma notícia atractiva para as tv´s, jornais e rádios. É preciso mostrar à sociedade que existe esta modalidade ímpar.

André Costa (Pontex), Campeão Distrital Sub-08, nas páginas do Entre Margens


O Entre Margens é um "jornal bimensário de actualidade regional e generalista da região do Vale do Ave" que, como informa o Pontex, publicou um artigo sobre o clube e o seu jogador mais destacado no momento:




Para aumentar a notícia, carregar aqui.

sábado, 28 de março de 2009

Amber: Aronian repete vitória




Levon Aronian vence novamente Torneio Amber.
O xadrezista arménio repetiu a vitória do ano passado.


Por Jaime André, em SCN (26.03.2009 - 21:41)



Terminou hoje a 18ª edição do Torneio Amber, que decorria desde o dia 14 de Março na cidade de Nice, em França.

Esta prova que distribui €216.000 em prémios, tem a particularidade de se disputar em duas modalidades, “partidas rápidas” e “às cegas”, cujo resultado agregado das diferentes rondas determina o campeão.

Este ano o torneio contou novamente com a nata do xadrez mundial, onde em 12 participantes, 8 pertenciam ao Top 10 da FIDE (Federação Internacional de Xadrez), pontificavando este lote o campeão mundial Viswanathan Anand da India.

A prova foi vencida pelo Arménio Levon Aronian, que repetiu assim o êxito do ano passado onde foi também o grande vencedor da prova. Apesar de ocupar "apenas" o 11º lugar do ranking da FIDE, Aronian acabou por ser o melhor xadrezista em ambas as modalidades somando 7 pontos em cada uma, para o total final de 14, com 0,5 pontos de vantagem sobre Anand.

Classificação Final (combinada):

1 - Levon Aronian - 14 pontos
2 - Viswanathan Anand e Vladimir Kramnik - 13½ pontos
4 - Magnus Carlsen - 13 pontos
5 - Alexander Morozevic - 11 pontos
6 - Karjakin e Veselin Topalov - 10½ pontos
8 - Gata Kamsky e Peter Leko - 10
10 - Vasily Ivanchuk - 9½
11 - Teimour Radjabov - 9
12 - Wang Yue - 7½

sexta-feira, 27 de março de 2009

É possível usar as duas mãos para capturar uma peça?



Há uns tempos, num dos torneios de rápidas do Convento dos Gatos, o José Margarido estava a jogar com o Martinho Cardoso (na foto) e ficou muito admirado quando este o informou que não poderia usar as duas mãos para efectuar uma captura.

Apesar da surpresa - "Nunca ninguém me disse que não podia comer assim" -, os presentes avalizaram a opinião do Presidente do Conselho Distrital de Arbitragem.

Talvez tenhamos que internacionalizar o nosso árbitro porque lá fora andam com as mesmas dúvidas... ;)



Quantas mãos podem ser utilizadas no xadrez rápido?

O evento é o Torneio Hypercube, organizado pelo Clube de Xadrez de Utrecht, na Holanda. Participam 130 jogadores (8 GMs, 12 MIs e 14MFs) com um média de 2100 pontos (!!!) que disputam prémios no valor de € 3000,00, € 1000,00 para o primeiro classificado. A taxa de inscrição é de € 5,00 e o ritmo das partidas é de 5 minutos por jogador.

Anish Giri (2457) - Vladimir Epishin (2587)
Supercube Blitz Utrecht, 21.03.2009




Nesta posição, as negras apercebem-se que o seu lance anterior - ... e4 - foi um erro e que iriam perder um peão. Rapidamente fazem recuar a sua Dama, primeiro para b7, depois para e7, quando, com ambos os jogadores em apuros de tempo, uma situação bastante caótica ocorre. As negras levam um duplo de Cavalo e perdem a Dama, deixando Anish Giri em vantagem. Neste momento, Epishin apresenta um protesto: alega que o seu adversário utilizou as duas mãos para realizar o lance.



Vários espectadores estavam a observar a partida e [qual Juliana Chiu ;P], Robert Beekman fotografou o momento em que o lance foi efectuado. Na imagem pode ver-se que Anish retirou a peça capturada com a mão esquerda e moveu a peça atacante, a Dama, com a direita. Depois accionou o relógio também com a mão direita.

Epishin chamou o árbitro enquanto carregava no seu botão do relógio. Anish tentou baixar o seu botão, mas não teve hipóteses contra o pujante GM russo, pelo que optou por parar os relógios, numa altura em que as negras tinham 26 segundos e as brancas 11. O árbitro decidiu que Anish não deveria ter jogado com as duas mãos e que, como penalização, o seu adversário deveria receber dois minutos extra. Anish protesta igualmente, alegando que deveria receber 5 segundos, uma vez que o seu tempo baixara até aos 11 por o seu adversário manter o seu botão pressionado. Pretendia ficar com 16 segundos no relógio, o árbitro propôs 14 e o adversário não aceitava nenhuma das soluções. Neste momento Anish propôs empate e Epishin aceitou de imediato.



O GM Epishin conta a sua versão.


Anish conta à Chess Base como fez a captura.


Então, o que é que eu fiz mal?


A Chess Base encontrou duas regras contraditórias
(que ainda por cima são dos Estados Unidos, quando a prova se realizou na Holanda...):

- As regras de xadrez rápido da Federação dos Estados Unidos (artigo 4.º) determinam que, por regra, o jogador deve carregar no relógio com a mão que moveu a peça, sendo que podem ser utilizadas as duas mãos para fazer roque, capturar uma peça ou realizar a promoção do peão;

- As regras da Associação do Noroeste - redacção de Março de 2004, por seu lado, estipulam, expressamente, que podem ser utilizadas as duas mãos para fazer roque, mas só uma para realizar capturas, prevendo até as sanções para quem utilizar as duas mãos: aviso, no caso da primeira infracção; sanção de um minuto, no caso da segunda; derrota, na terceira infracção.


Por cá, parece que teremos que ir às Regras da FIDE. E na versão portuguesa (Conselho Nacional de Arbitragem - Valente, Brandão de Pinho e Oliveira Dias), publicada no site da FPX, pode ler-se no artigo 4.º, n.º 1, epigrafado "O Acto de Mover as Peças", que "cada lance tem que ser feito só com uma mão", sendo que nos termos do seu n.º 6, alínea a), "o lance é considerado feito (...), no caso de uma captura, quando a peça capturada tiver sido retirada do tabuleiro e o jogador, após colocar a sua própria peça na nova casa, a tiver largado".

Isto é, como ensinou o Martinho Cardoso, para tomar uma peça, um jogador tem que utilizar a mesma mão para retirar a peça do adversário do tabuleiro e colocar a sua na casa em que aquela se encontrava.

E isto independentemente do ritmo da partida, pois que esta regra se aplica ao xadrez semi-rápido (artigos B.2 e B.5) e ao xadrez rápido (artigo C.2).

3.ª jornada da Preliminar do Moto Clube - Fotos do António Matos

O António Matos, que já se apurou para a Final na preliminar de Vila D'Este, tirou o lugar à Juliana Chiu e fez uns "Olhó Passarinho!" durante a sessão de ontem...


Depois do Think like a GM, do Kotov, a versão para totós, ilustrada.

O que sempre quisemos saber...

Que passa pela cabeça de dois jogadores de 2200 quando se defrontam??


Right between the eyes!


Como quiseres, Padeiro... Despacha-te, mas é!



Feitiço de Caissa...





Are you talkin' to me?





Quantos são? Quantos são?



Todas as fotos estão disponíveis na galeria do António Matos.

Desafios: Posições críticas - a adrenalina na partida vs o recato do lar



Ontem à noite, joguei com o Senhor Benito Largo, da Academia de Xadrez de Gaia, uma partida muito disputada, a contar para a preliminar do Distrital.

Como já tinha acontecido na jornada anterior, em que falhei uns mates que, depois, em casa, descobri - como, aliás, vocês também indicaram na resposta aos desafios -, deixei passar boas oportunidades de arrumar o jogo definitivamente...


Jogam as brancas
(o último lance das negras foi 18. ... Cxd5)



DESAFIO 1:
Qual é a melhor continuação para as brancas?

(Eu soube que esta era uma posição crítica, mas apesar de lhe dedicar largos minutos, em vez de terminar com uma avaliação correcta da posição, fiquei com pouco tempo no relógio e pensei "mais vale não inventar..."
Acabei por jogar 19. Bc1, um lance defensivo que pouco equacionei :/ Dito isto, não há muitas variantes que valha a pena equacionar ;) Qual é a melhor continuação para as brancas?)





A posição da esquerda é a da partida após 26. Df3. As negras decidiram dar um coice no activo Cavalo branco com 26. ... g6, e após a retirada deste (27. Cxe3), decidiram colocar a Torre no sétimo céu com 27. ... Td2. (ver diagrama da direita)

Jogam as brancas




DESAFIO 2:
Já todos sabemos que "As Torres pertencem à sétima fila". No entanto, todas as regras têm excepções. A posição do diagrama da direita é um exemplo da regra ou da excepção?
Como devem continuar as brancas?








Esta é a posição da partida após 38. ... h5
(38. ... Txb3? 39. Dxf7+ ou mesmo Te7!).


Apesar de estarem a perder a qualidade, as negras têm um bispo muito activo, extremamente bem colocado e que domina por completo as casas negras. Mas não têm peças para controlar as casas brancas... E o plano das brancas foi, precisamente, atacar onde o Bispo não pode defender:

39. Da8 Txb3 e agora, em vez de Dxa5, 40. Da7 atacando o peão de f7 que está numa casa... branca ;) As negras defenderam o peão por interposição - 40. ... Bf6 - ver diagrama seguinte.

Jogam as brancas



DESAFIO 3:
Como é que as brancas devem continuar o ataque?





Extra: Não são desafios, mas é para a estória da partida não ficar a meio, pois a parte final foi interessante (e cansativa e emocionante).

Terminamos como começámos. Em treino as coisas nunca são bem como numa partida... Ontem, depois das aventuras que constituem os desafios anteriores, e de outras que não estão aqui publicadas, depois de cerca de 4 horas de jogo, depois de muitos ataques e contra-ataques, depois de algumas mudanças na liderança da partida, chegámos a uma altura em que, com menos de cinco minutos no relógio, as negras continuam a dar muita luta e arriscam tudo numa série de xeques, com o objectivo de empatar por perpétuo ou, pelo menos, ter vários peões pela Torre, que simultaneamente protegeriam o Rei e tentariam promover...

Jogam as negras



Qual é a melhor maneira de as negras continuarem a complicar a partida?


A partida continuou assim:
48. Qxf6
(48. ... Qa1+ 49. Kd2 (49. Kf2 Qxf6+) Qb2+ 50. Kd3 Qb3+ 51. Ke4 Qxc4+ 52. Kf3 Qxd5+ 53. Kg3 Qg5+ 54. Kh2 Qh4+ 55. Kg1 Qg5+ 56. Rg2 Qxf6 57. Qxc5)

49. Qe7 Qc3+ 50. Kf2 Qd4+ 51. Qe3 Qh4+ 52. Kg2 Qg4+ 53. Kf1 Qf5+ 54. Rf2 Qb1+ 55. Kg2 Qd1



56. Qf3?! Aqui simplifico para ganhar, mas falhei um mate...
56. Qe5+!

a) 56. ... Kh6 57. Qf4+ Kh7 58. Qxf7+ Kh6 59. Qf8+ Kg5 60. Qf4#
b) 56. ... Kg8 57. Qe8+ Kh7 58. Rxf7+ Kh6 59. Qe3+ g5 60. Qe6#
c) 56. ... Kf8 57. Qh8+ Ke7 58. Qf6+ Kd7 59. Qxf7+ Kc8 60. Qf8+ Kb7 61. Qe7+ Kb6 62. Rf6#

56. ... Qxf3+ (56. ... Qd4 57. Qxf7+ Kh6 (Rh8 58. Df8+ seguido de Tf7) 58. Qf4+) 57. Rxf3 f6 58. d6 Kf7 59. Re3 e o peão passado promove 1-0.