Na penúltima partida coube-me em sorte o Caramez.
Era um jogo importante pois, caso pontuasse, tinha boas hipóteses de chegar aos prémios. O único problema era a estatística: não me lembro de alguma vez lhe ter ganho e o único empate de que me recordo foi numa lenta.
Não joguei muito bem e, logo no 7.º lance, cometi uma imprecisão. Não me senti nervoso mas talvez estivesse... ou, então, aquele 7.º lance foi apenas uma cegueira momentânea. Entrei num esquema StoneWall sem necessidade (7. ... e5 não era uma ameaça) e depois fui incapaz de jogar uma posição que requeria muito cuidados posicionais. O que não é bem o ponto forte de um kamikazeking. E daí...
Era um jogo importante pois, caso pontuasse, tinha boas hipóteses de chegar aos prémios. O único problema era a estatística: não me lembro de alguma vez lhe ter ganho e o único empate de que me recordo foi numa lenta.
Não joguei muito bem e, logo no 7.º lance, cometi uma imprecisão. Não me senti nervoso mas talvez estivesse... ou, então, aquele 7.º lance foi apenas uma cegueira momentânea. Entrei num esquema StoneWall sem necessidade (7. ... e5 não era uma ameaça) e depois fui incapaz de jogar uma posição que requeria muito cuidados posicionais. O que não é bem o ponto forte de um kamikazeking. E daí...
Estes são os primeiros vinte lances da partida. O computador diz que nada está perdido, mas é preciso saber o que se anda a fazer para arranjar contra-jogo na ala de rei. Se as brancas nada fizerem, as negras entram "rapidamente e em força" pela ala de dama.
Acabei por ser posicionalmente ultrapassado pelo Caramez que, no final, me disse que tinha estudado recentemente esta partida que lhe tinha sido útil para abordar a nossa: (aqui o esquema stonewall é jogado pelas negras)
Esta partida está disponível, com comentários, no livro "Estratégias Vitoriosas no Xadrez" (pp. 45-48), do GM Yasser Seirawan em colaboração com Jeremy Silman. São dois dos pedagogos mais conceituados a nível mundial e a obra está abundantemente disponível nas livrarias. A minha edição, antiga, é da editora brasileira Makron Books. A original é a Microsoft Press.