sábado, 2 de agosto de 2008

O Nacional de Xadrez da I Divisão no Público

Por Francisco Vieira, Blogue Ala de Rei, 30 de Julho



De há muito tempo a esta parte que não via um único artigo do jornal Público sobre o xadrez nacional, seja ele individual ou por equipas, por isso, quando estas aparacem são, só por si, já notícia. Vêem estas linhas a propósito do artigo de Jorge Guimarães na edição do Público de hoje, que me permito reproduzir.


GD DIANA E FC BARREIRENSE LIDERAM NACIONAL POR EQUIPAS

Decorridas quatro das nove jornadas da 50.ª edição do Campeonato Nacional da I Divisão de xadrez, a decorrer em Évora, o Grupo Desportivo Diana de Évora e o Futebol Clube Barreirense isolaram-se no comando com 11 pontos de 12 possíveis, resultantes de três vitórias e um empate.

Se no que diz respeito à equipa eborense a liderança não surpreende - são os actuais detentores do título e possuem o conjunto com média de ranking mais elevada -, já o mesmo não sucede com o Barreirense, que está a realizar uma excelente prestação.

Na jornada de ontem, o principal confronto era o que opunha a Academia de Xadrez de Gaia ao clube do Barreiro, com os gaienses a sofrerem surpreendentemente o segundo revés. O mestre Internacional (MI) Rui Dâmaso defendeu com sucesso o primeiro tabuleiro, forçando o russo Oleg Korneev, 100.º jogador mundial, à divisão do ponto, enquanto no segundo e quarto tabuleiros sucediam as grandes surpresas, com as vitórias do MI Sérgio Rocha sobre o Grande Mestre (GM) peruano Julio Granda, actual campeão pan-americano, e de Pedro Barata sobre o GM António Fernandes.

A vitória no terceiro tabuleiro do GM eslovaco Lubomir Ftacnik sobre o jovem francês Thomas Saatdjian apenas atenuou a derrota daqueles que, à partida, seriam a segunda equipa mais cotada. Também um semi-revés sofreu a equipa da Associação Cultural e Recreativa de Vale de Cambra, que cedeu um inesperado empate frente ao Núcleo de Xadrez de Faro. Depois de estar a vencer por 2-0, com vitórias no segundo e terceiro tabuleiros, os vale-cambrenses permitiram a recuperação com a derrota do GM Luís Galego frente ao MI espanhol Cuencas Jimenez e do MI Carlos Santos frente ao jovem Nuno Guerreiro, Santos permitiu o volte-face, deixando esgotar-se o tempo, depois de desperdiçar oportunidades de vitória.

Também num animado encontro, as duas Académicas, da Amadora e de Coimbra, empataram com vitória da AAC no 3.º tabuleiro e da AAA no quarto, com o ponto a ser dividido nos dois primeiros. O Diana venceu com naturalidade o Sport Faro e Benfica (3-1), com o ponto algarvio a ser alcançado no segundo e terceiro tabuleiros. Na luta directa pelas últimas posições, o ADRC Mata e Benfica alcançou uma vitória pela diferença mínima sobre a Sociedade de Instrução e Recreio de Elvas, que lhes permitiu-se fugir ao último posto.



ver notícia no site do Público.


Que Jorge Guimarães e o jornal Público voltem às notícias nacionais que o xadrez nacional agradece reconhecido.

(...)
Mais informações na página do Campeonato Nacional por Equipas 2008.

4 comentários:

Anónimo disse...

um post sobre este pasquim??? nem percebo!

FV disse...

Pessoalmente, não compreendo porque é que o jornal Público há-de ser um "pasquim". Do meu ponto de vista não é, goste-se ou não. Mais, considero-o um jornal de referência do nosso país.

Ainda que fosse o que quer que fosse, incluindo ser "pasquim", vivemos num estado democrático e livre, em que cada um compra o jornal que quer ler, sem precisar de orientações de leitura.

A opinião é livre e a liberdade de expressão é livre. A Irene tem o direito de não gostar do Público, é consigo, mas talvez, digo eu, já não tenha o direito de condicionar ou reprovar o critério editorial do autor deste blogue - é apenas uma opinião pesssoal.

Aqui, apenas se reproduziu um artigo sobre o campeonato nacional de xadrez por equipas publicado no jornal Público, que, não tem o hábito de publicar notícias sobre o xadrez naconal, individual ou por equipas.

Por ser o autor, do 'post' colocado no blogue Ala de Rei, onde foi reproduzido o artigo do Público, com um pequeno comentário, não me sinto à-vontade para escrever sobre a inclusão do citado 'post', mas não poderia deixar passar em claro a situação anormal e reprovável de condicionar o conteúdo editorial de um blogue pessoal alheio, em particular, por se tratar de um blogue pessoal.

O Tiago saberá decidir sobre o que é importante ou útil no seu blogue. A única coisa que posso acrescentar é que foi recentemente que tomei conhecimento do blogue Xadrez Vigoroso e passei a ser um leitor habitual.

Para ternminar, nunca ma passaria pela cabeça perguntar à Irene quais os jornais qne não são pasquins ou quais ou jornais que se devem publicar ou quais os jornais que se devem ler. Creio que esses tempos não voltam para trás.

Felizmente que a Censura já lá vai - embora, como no caso do Tribunal Santo Ofício, também ele extinto - mas existe por aí muita gente com uma mente inquisitorial de mau agoiro.

Tiago F. Pinho disse...

A provocação da Irene é uma declaração não séria :)

Que eu, aliás, subscrevo inteiramente.

Tanto que há mais de dois anos que faço questão de não comprar o Público, embora o leia: infelizmente, com todos os seus defeitos, ainda é dos periódicos menos maus que temos...

Creio que este diário sempre quis, e ainda quer, ser um jornal de referência. Já o foi mas já não o é. Basta comparar o quadro de comentadores, o que foi e o que é. Mas também ao nível do jornalismo praticado e dos jornalistas contratados: talvez numa tentativa de recuperar o terreno perdido, por exemplo, para o Diário de Notícias, houve profissionais que saíram há poucos meses para jornais como o Correio da Manhã, onde o seu jornalismo de gordas, chamadas de primeira página e "factos jornalísticos", longe do que me parece deverá ser o jornalismo, terá melhor aceitação por parte do público alvo deste último jornal.

Num plano diferente mas igualmente público e mais recente e mediático, basta lembrar o caso da licenciatura do Primeiro-Ministro que surgiu, coincidentemente, logo depois de o grupo que controla o jornal ter sofrido um grande chega-para-lá por parte da CGD na luta pelo controlo da PT.

"Yo no creo en brujas pero que las hay... las hay"... Um pasquim, pois!

Em suma, não poderia ter pior opinião sobre o Público e os seus responsáveis, por razões que não vale a pena adiantar aqui. Se o Francisco quiser saber mais, diga-mo na resposta ao mail que lhe enviei há dias.

A Irene sabe-o bem. Daí o seu comentário.

E estou certo que ela não pretendeu, de modo algum, interferir com o seu post, (muito menos condicioná-lo! ou a mim! asseguro-lhe que é uma rapariga intelectualmente saudável :P ) pois provavelmente nem reparou que eu o estava a citar. Se o tivesse feito, ter-me-ia dito a piada em privado, seguramente.

Por fim, garanto-lhe que a Irene - de quem conheço muito mais que duas frases - está nos antípodas das mentes inquisoriais de mau agoiro que por aí andam.

Em todo o caso, agradeço-lhe o comentário. Noutras circunstâncias penso que o poderia subscrever integralmente e sem reservas... bom, excepto na parte de o Público não ser um pasquim =D

Anónimo disse...

caro francisco vieira,

não precisa de vir defender o tiago, que isto dos comentários num blog costuma resolver-se bem entre autor e comentador.

Quanto à questão do Público, repare que o meu comentário não se referia de todo ao teor do seu texto, mas sim ao facto de o texto estar no blog pessoal do Tiago.

Não vale a pena estar a tentar justificar-me. Desde logo, porque o Tiago - a quem o comentário foi dirigido, naturalmente - não se sentiu melindrado e percebeu que com o meu comentário não pretendia arrogar-me "o direito de condicionar ou reprovar o critério editorial do autor deste blogue". Depois, também porque EVIDENTEMENTE que não estava a dizer que há jornais que não se devem ler ou que não devem ser publicados.

Fico-me por aqui.
Permita-me apenas a sugestão: pense duas vezes antes de mandar boquinhas sobre "mentes inquisitoriais de mau goiro". Foi bastante desagradável, e um bocado ridículo.

Cumprimentos,

Irene