quinta-feira, 25 de junho de 2009

A três jornadas do fim, Daniel Quintã é líder isolado no Distrital

Jorge Viterbo, Bruno Figueiredo e Francisco Mateus são os perseguidores.

in SCN


Foto de Juliana Chiu (os três primeiros tabuleiros na quarta ronda, com Daniel Quintã em primeiro plano, à esquerda)

Na quarta jornada do Distrital Absoluto do Porto, Daniel Quintã (2063), do Grupo Desportivo Dias Ferreira, mantém a liderança, agora isolado, mercê da sua vitória sobre Hélder Pinho (1881), do Grupo de Xadrez do Porto, antigo co-líder.

Jogada mais de metade da prova, o líder é perseguido, a apenas meio ponto de distância, por um trio constituído por Jorge Viterbo (2186), Bruno Figueiredo (1929) e Francisco Mateus (1876) que venceram, respectivamente, Luís Machado (2078), Emanuel Sousa (1922) e Paulo de Morais (1863).

Merecem ainda destaque as vitórias inesperadas de José Pedro Cachorreiro (26.º do ranking inicial com 1628 pontos FPX), do Núcleo de Xadrez de Santo Tirso, e do jovem Pedro Mendes (17.º, 1637 FIDE), do GD Dias Ferreira, sobre adversários bem mais cotados, respectivamente Tiago Brandão de Pinho (8.º, 1905 FIDE), do GX Porto, e Miguel Ferreira (12.º, 1846 FIDE), da Academia de Xadrez de Gaia.

O topo da classificação encontra-se assim ordenado:

1.º - Daniel Quintã, 2063, GD Dias Ferreira, 4 pontos
2.º - Francisco Mateus, 1876, AX Gaia, 3,5 pontos
3.º - Jorge Viterbo Ferreira, 2186, GD Dias Ferreira, 3,5 pontos
4.º - Bruno Figueiredo, 1926, AX Gaia, 3,5 pontos


Até ao momento, os jogadores que mais pontos amealharam para o ranking internacional foram Francisco Mateus (15,6), Bruno Figueiredo (14,4), Mário Fernandes (11,8) e Lucas Silva (10,1). Em sentido inverso realçam-se José Veríssimo Araújo (-14,9), Pedro Guimarães (-14,5), Miguel Ferreira (-13,4) e Hugo Saraiva (-9,8), sendo que o primeiro abandonou a prova, não tendo sido já emparceirado na 4.ª jornada, pelo que será sancionado financeiramente pela direcção da prova.

Quanto a blocos FIDE, estão garantidos para Benito Barbero (2008), Fernando Nunes (1796), José Pedro Cachorreiro (1791), José Lopes (1595) e Nuno Messeder (1574).

Esta noite, a partir das 20h30, com entrada gratuita para os interessados em assistir ao vivo, jogam-se as seguintes partidas entre os primeiros classificados: Daniel Quintã - Jorge Viterbo e Bruno Figueiredo - Francisco Mateus.

quarta-feira, 24 de junho de 2009

FPX aprovou novos estatutos

A Assembleia Geral reuniu no passado domingo, em Coimbra para alterar os seus estatutos e os seus regulamentos.

in SCN



Com a publicação da Lei de Bases da Actividade Física e do Desporto, publicada em Janeiro de 2007, a Assembleia da República veio estabelecer um conjunto de orientações que levaram à aprovação, pelo Governo, do Regime Jurídico das Federações Desportivas que entrou em vigor em Janeiro deste ano.

As alterações mais relevantes impostas pelo RJFD às diversas federações desportivas são a nova composição das Assembleias Gerais e o papel reservado às suas Associações Territoriais. Estas e outras opções devem, nos termos do seu artigo 64.º, ser configuradas pelas federações e vertidas nos seus estatutos até ao final de Julho, no sentido de entrarem em vigor na época desportiva 2009/2010.

Face a esta imposição legal, a Assembleia Geral da Federação Portuguesa de Xadrez reuniu no passado domingo, nas instalações da Associação Académica de Coimbra, para alterar os seus estatutos e os seus regulamentos.

De acordo com Fernando Castro, presidente da Mesa, "a reunião correu muito bem, com ampla discussão das ideias inerentes aos dois projectos apresentados, tendo a maior parte do articulado sido aprovado por unanimidade".

Em apreciação estiveram principalmente dois documentos, um proposto pela Associação de Xadrez do Porto (AXP), que aproveitava para dar nova redacção aos estatutos actuais, e outro proposto pela Associação Distrital de Xadrez de Beja (ADXB), baseado nos estatutos em vigor, cirurgicamente alterados nos pontos impostos pelo novo regime jurídico.

A Associação de Xadrez da Região Autónoma dos Açores (AXRAA) também apresentou uma proposta, relativa apenas à possibilidade de representar na assembleia-geral, por inerência, os clubes que participam nas suas competições.

Ao longo das cinco horas que durou a reunião, a discussão passou por vários temas pois, como enumerou ao scn Manuel Pintor, presidente da AXP, o novo RJFD "vem operar uma completa revolução na forma de funcionamento da FPX em muitos dos seus aspectos, nomeadamente no que respeita à composição da sua Assembleia Geral, órgão de onde emanam todos os outros, assim como as linhas de orientação da federação, à forma de eleição e às competências de alguns dos órgãos, às incompatibilidades, aos mandatos..."

"As principais diferenças entre as propostas da AXP, da Associação de Beja e, em parte, da Associação dos Açores, tinham a ver com a qualidade de sócios e com o direito das associações designarem delegados à assembleia-geral, por inerência", informou Manuel Pintor, tendo acabado "por vingar uma solução de meio-termo, entre a proposta da AXP, que apontava para a eleição de todos os 40 delegados, incluindo os 28 atribuídos aos clubes, e as das Associações de Beja e dos Açores, que apontavam para que ficasse reservado um delegado por cada associação (previsivelmente até um máximo de 20; na próxima época 14), a subtrair a 19 dos clubes num total de 30 delegados".

"Na solução encontrada, serão eleitos 40 delegados às futuras Assembleias Gerais, sendo 28 pelos clubes, mas as associações territoriais terão direito (que poderão escolher não exercer) a designar um delegado em representação dos clubes que não participem nos campeonatos nacionais por equipas em ritmo clássico, que será diminuído àquele número de 28", informou o dirigente da invicta.

Neste modelo, os clubes que não participem nos Campeonatos Nacionais e se encontrem filiados através das associações que exerçam a nova possibilidade estatutária da representação por inerência, não participarão na eleição dos restantes delegados na categoria dos clubes.

Em jeito de balanço, para Manuel Pintor "estes Estatutos poderão trazer uma nova dinâmica ao funcionamento da FPX, carreando novos dirigentes para o campo onde se discutem e tomam as principais decisões, criando com isso uma maior envolvência e participação na teia com que tecem os destinos do xadrez no país".

Por seu lado Nuno Rocha, secretário da ADXB salientou a importância desta assembleia pela aprovação dos novos estatutos, referindo que “a diferença das propostas era no capítulo dos sócios, já que nos restantes pontos praticamente havia consenso. A Associação de Beja, no cumprimento de um mandato dos seus sócios, os Clubes desportivos, considera muito positiva a solução adoptada pelos sócios da Federação no sentido de continuarem a exercer as suas funções de modo pleno e não como meros apêndices federativos”.

Para Nuno Rocha, “seria grave para o movimento associativo no Xadrez que as Associações Distritais e Regionais deixassem de ter voz nas Assembleias Gerais da Federação”, esperando que “as Associações que se abstiveram de participar na aprovação dos Estatutos compareçam para dar o seu contributo na definição dos regulamentos da Federação Portuguesa de Xadrez”

O presidente da mesa da assembleia-geral, Fernando Castro, publicará nos próximos dias, no site da FPX, a acta da reunião que incluirá os documentos aprovados.

Como a discussão dos novos estatutos se prolongou, não foi possível passar ao ponto seguinte da ordem de trabalhos, o da alteração dos regulamentos internos da federação, pelo que será realizada nova assembleia geral, em Julho, para apreciar esta questão.

n.d.r. – não foi possivel chegar à fala com os responsáveis da Associação de Xadrez da Região Autónoma dos Açores.

terça-feira, 23 de junho de 2009

MIs Ruben Pereira e Paulo Dias lideram Torneio de Mestres

Pedro Neves é o líder no Torneio de Honra.

in SCN



O Torneio de Mestres e o Torneio de Honra, os mais importantes, logo após o Nacional, organizados pela Federação Portuguesa de Xadrez, iniciaram-se no passado sábado e estão a decorrer, diariamente, até ao próximo domingo, no Hotel A.S. Lisboa.


Ao fim das primeiras três jornadas, os Mestres Internacionais Ruben Pereira e Paulo Dias comandam o Torneio de Mestres com 3 vitórias cada, enquanto o jovem Pedro Neves comanda isolado, também com 3 vitórias, o Torneio de Honra.

No Torneio de Mestres participam os dez jogadores de nacionalidade portuguesa melhor classificados no ranking internacional na lista de Abril de 2009, enquanto que no Torneio de Honra participam os classificados entre a 11.ª e a 20.ª posição.

Apesar de, por razões várias, não estarem presentes alguns dos jogadores mais fortes, que foram substituídos pelos interessados classificados nas posições imediatamente a seguir, tem-se assistido a partidas bastante interessantes, nomeadamente, a do MI Ruben Pereira (2422, Associação Académica da Amadora) frente a Edgar Pereira (2159, Clube TAP), que depois de um ataque fulminantes, culminou com um sacrifício de Dama finalizado com o tema do mate árabe, uma elegante ameaça de xeque-mate imparável com Torre e Cavalo. (veja o desenrolar do ataque na galeria de fotos)

Os torneios jogam-se em sistema de todos contra todos, sendo de registar a presença de duas esperanças do xadrez jovem nacional que se poderão afirmar num futuro próximo: Pedro Neves (2009, Círculo de Xadrez de Montemor-o-Velho, actual campeão nacional no escalão sub-16 anos) e António Vasques (1999, Santoantoniense FC, 4.º classificado no nacional sub-16, principal figura da sua equipa na série D do Campeonato Nacional da 2.ª Divisão que garantiu a subida ao escalão principal).

Mais logo, a partir das 20h30, disputa-se a 4.ª ronda de cada um dos torneios, destacando-se no de Mestres as partidas MI Ruben Pereira – CM Rafael Teixeira e MI Paulo Dias – MN Afonso Rodrigues, enquanto no de Honra o destaque vai para a partida Vítor Morais - Pedro Neves.

Se não se deslocar ao local de jogo, pode sempre aceder ao site da Federação Portuguesa de Xadrez e seguir as partidas em directo. A transmissão será efectuada em todas as jornadas, até à conclusão dos torneios no dia 28 de Junho.

Veja na galeria de fotos o espectacular ataque do Mestre Internacional Ruben Pereira, na segunda jornada, que, sob o tema do mate árabe (xeque-mate de Torre com o apoio do Cavalo), culminou numa vitória fulminante em 22 jogadas.


Ex:

segunda-feira, 22 de junho de 2009

Que grande partida do Ruben Pereira!



Visitem a Casa do Xadrez. Não se vão arrepender!

Eu fiquei sem palavras... quer dizer entre os "xiiiiiii"s e os "ena"s, ainda consegui soltar algumas, mas não são publicáveis ;)

Distrital do Porto é liderado pelo duo Daniel Quintã e Hélder Pinho (ou olha um vigoroso em primeiro!! :P)

Jorge Viterbo e Luís Machado não conseguem melhor do que o empate na 3.ª ronda.

in SCN


Fotos de Juliana Chiu (Quintã à esquerda, Pinho à direita)

Na terceira jornada do Distrital Absoluto do Porto, a maior parte dos principais candidatos ao título, após as dificuldades sentidas nas rondas anteriores, viram-se impedidos de triunfar nas suas partidas.

Na mesa 1, Jorge Viterbo (2186), antecipando uma continuação demolidora para o seu adversário no meio-jogo, propôs empate a Francisco Mateus (1876) que o aceitou, enquanto que no segundo tabuleiro, após mais de quatro horas de jogo e muita luta, Bruno Figueiredo (1929) conseguiu anular Luís Machado (2078).

Quem aproveitou estes resultados foi Daniel Quintã que, na terceira mesa, se superiorizou a Benito Barbero. Curiosamente, o emparceiramento desta ronda proporcionou um encontro entre um jogador do Grupo Desportivo Dias Ferreira e outro da Academia de Xadrez de Gaia nas três primeiras mesas.

Na frente da prova, em co-liderança com Quintã, segue agora apenas mais um xadrezista, Hélder Pinho (1881), do Grupo de Xadrez do Porto, que venceu José Veríssimo Araújo (1955, Moto Clube do Porto), numa partida em que conseguiu tirar todo o rendimento do seu par de bispos.

Arrasador esteve também Lucas Silva que, na 6.ª mesa, castigou fortemente a troca de lances na abertura (Espanhola, variante Schliemann) do seu oponente Tiago Pinho que, curiosamente, apresentava o mesmo elo - 1905 pontos.

Terminando a visita aos primeiros tabuleiros, destaque ainda para a vitória, na mesa 5, de Emanuel Sousa frente a Joaquim Brandão de Pinho, num final de duas Torres e peões contra Dama e peões.

O topo da classificação encontra-se assim ordenado:
1.º - Daniel Quintã, 2063, GD Dias Ferreira, 3 pontos
2.º - Hélder Pinho, 1881, GX Porto, 3 pontos
3.º - Jorge Viterbo Ferreira, 2186, GD Dias Ferreira, 2,5 pontos
4.º - Bruno Figueiredo, 1926, AX Gaia, 2,5 pontos
5.º - Francisco Mateus, 1876, AX Gaia, 2,5 pontos
6.º - Luís Machado, 2078, GD Dias Ferreira, 2,5 pontos
7.º - Emanuel Sousa, 1992, Moto Clube, 2,5 pontos

Na última jornada, 5 xadrezistas garantiram a realização de um bloco FIDE, performance que lhes pode permitir ser integrados no ranking internacional. São eles Benito Barbero (bloco de 1886 pontos até ao momento), Fernando Nunes (1788), José Pedro Cachorreiro (1627), Nuno Messeder Ferreira (1574) e José Manuel Lopes (1595).

Esta noite, a partir das 20h30, com entrada gratuita para os interessados em assistir ao vivo, jogam-se as seguintes partidas entre os primeiros classificados: Hélder Pinho - Daniel Quintã, Luís Machado - Jorge Viterbo Ferreira, Emanuel Sousa - Bruno Figueiredo e Francisco Mateus - Paulo de Morais.

domingo, 21 de junho de 2009

António Silva foi o melhor português no Campeonato Mundial dos Trabalhadores

Henrique Galvão e Stephane Silva foram os restantes representantes portugueses.

in SCN



Começaram na quarta-feira os Jogos Mundiais dos Trabalhadores, nas modalidades de vólei de praia, ténis de mesa e xadrez, uma iniciativa da Confédération Sportive Internationale du Travail (CSIT), organizada pelo Serviço Social da Indústria (SESI).
O SESI, associado brasileiro da CSIT, optou por aquelas três modalidades por "o ténis de mesa e o xadrez estarem muito bem integradas nas empresas industriais brasileiras, tal como o vólei de praia que é um desporto nacional que ganhou relevância internacional". As provas decorrem em Fortaleza, capital do estado do Ceará.

A competição escaquística, realizada sob a alçada da Federação Cearense de Xadrez, terminou Sábado, tendo decorrido no Hotel Blue Tree que acolheu os 33 participantes em representação de dez instituições de países diferentes associadas da CSIT, no caso português o Instituto Nacional para o Aproveitamento dos Tempos Livres (INATEL).
Este instituto foi representado por 3 xadrezistas, Henrique Galvão, Stephane Silva e António Silva, mas a comitiva portuguesa contou ainda com a presença do Mestre Internacional Joaquim Durão, na qualidade de responsável máximo pela modalidade no âmbito da CSIT.

A prova, disputada em 5 jornadas, teve um elo médio de 1873 pontos, embora os primeiros 17 xadrezistas tivessem todos elo superior a 2150 pontos e entre eles se encontrassem 5 Mestres Fide e 1 Candidato a Mestre.

António Silva, 47 anos, 2230 pontos de elo, capitão da equipa do Grupo de Xadrez do Porto que garantiu recentemente a subida à 1.ª Divisão Nacional, era o melhor português no ranking inicial, onde ocupava a 6.ª posição. Terminou em 7.º, com 3,5 pontos, os mesmos que o 4.º classificado.

Henrique Galvão, 48 anos, 2201 pontos de elo, é jogador do Núcleo de Xadrez de Faro / Rentauto, e apresentava-se como o 11.º jogador do ranking inicial. Em 2007, na Áustria, foi o vencedor da prova, tendo-se sagrado Campeão Mundial após terminar invicto com 5 vitórias e 2 empates. Este ano conseguiu 2 vitórias, 2 empates e 1 derrota, tendo concluído na 12.ª posição com os mesmos 3 pontos que o 8.º classificado.

Stephane Silva, 34 anos, 2218 pontos de elo, 8.º do ranking inicial, é o primeiro tabuleiro da Associação Estamos Juntos, de Aveiro, e foi o melhor elemento da seleção nacional que, o ano passado, em Itália, venceu a vertente colectiva da edição de 2008 destes Jogos Mundiais. Devido a problemas na ligação aérea, faltou na primeira jornada, pelo que, na prática, jogou apenas 4 partidas. Ainda assim classificou-se no 18.º lugar, com 2,5 pontos, os mesmos que o 15.º.

O vencedor da prova foi o Mestre Fide austríaco Peter Roth (2219). Na foto que ilustra esta peça pode ver-se, em primeiro plano, o actual campeão mundial a jogar, de brancas, contra o melhor classificado português, António Silva, em partida jogada na penúltima sessão.

Esta e as restantes partidas da competição podem ser vistas aqui. Na galeria de fotos associada a esta notícia estão arquivadas algumas imagens, nomeadamente dos membros da comitiva nacional.

* * *

ver partidas | ver galeria de fotos

sexta-feira, 19 de junho de 2009

Distrital: Após duas jornadas, prova ainda é liderada por um pelotão.

Jorge Viterbo, Daniel Quintã, Bruno Figueiredo, Helder Pinho, Luís Machado, Francisco Mateus e Benito Barbero são os totalistas.

in SCN


Foto: Juliana Chiu


A segunda jornada do campeonato distrital do Porto decorreu sob o signo da competitividade.

Nas últimas mesas, onde se perspectivavam encontros equilibrados entre os tabuleiros 11 e 15, os jogadores que conduziram as peças brancas conseguiram potenciar a vantagem de ter o direito à primeira jogada.

No meio da prova, Benito Largo deu mais um passo na caminhada para o ingresso no ranking internacional ao vencer um jogador que dele já consta e Emanuel Luís Sousa (sem elo), o segundo participante mais novo, venceu Aníbal Nogueira (1743), o decano do campeonato.

Nas primeiras mesas, os três principais candidatos ao título venceram as suas partidas, mas após sentirem algumas dificuldades.

Na mesa 1, Jorge Viterbo, que defende o título, optou pela Defesa Holandesa para evitar o Sistema Londres que Miguel Ferreira habitualmente joga, mas teve que ultrapassar um meio-jogo ligeiramente inferior fruto do melhor posicionamento das peças menores (o par de bispos) do adversário.

No segundo tabuleiro, Luís Machado teve largos minutos de desvantagem no relógio mas conseguiu converter uma posição aguda, com roques em alas opostas e uma tempestade de peões, numa vitória que Paulo de Morais sempre tentou contrariar.

E na terceira mesa, à meia-noite e meia, Daniel Quintã se degladiava com José Margarido num final de Torre e três peões contra Torre e dois peões que parecia destinado ao empate. Todavia, no limite do tempo disponível para ambos os jogadores, Quintã conseguiu evitar a divisão do ponto e manteve-se no topo da classificação onde, além dos principais candidatos, se encontram também Bruno Figueiredo, Helder Pinho, Francisco Mateus e Benito Barbero, todos com duas vitórias em dois jogos.

Esta noite, a partir das 20h30, joga-se a 3.ª jornada nas instalações do Museu do Vinho do Porto, agora em sentido mais lato, uma vez que a organização da prova modificou a distribuição espacial das mesas, alargando a zona útil de jogo que agora se encontra espalhada pelo museu, acompanhando o espólio das colecções expostas.

Apenas as três primeiras mesas se mantêm no espaço individualizado, mais recatado, onde todas as partidas foram jogadas na primeira jornada.

Quanto a esta, na sua estreia como colaborador do scn, Jorge Viterbo, campeão em título, escolheu os momentos-chave das primeiras dez mesas, que sumariamente legendou, e que podem ser vistas na "galeria de fotos" que acompanha esta peça.

Os principais jogos desta noite são Jorge Ferreira - Francisco Mateus, Bruno Figueiredo - Luís Machado, Daniel Quintã - Benito Barbero e Helder Pinho - José Veríssimo Araújo, partidas que reduzirão drasticamente o número de jogadores no comando da competição.


* * *

Momentos chave da 1ª Jornada do Distrital de Xadrez do Porto

Análise de Jorge Viterbo quanto aos momentos chave das partidas da 1ª jornada da edição de 2009 do campeonato distrital do Porto.

Ex:


Aceder à Galeria de Fotos para ver a colecção completa.

quarta-feira, 17 de junho de 2009

Distrital Individual do Porto começa com a imposição da lei do mais forte. (com fotos)

Nuno Andrade é a excepção que confirma a regra ao empatar com José Veríssimo Araújo.

in SCN



A jornada inaugural do campeonato distrital individual do Porto, apesar de algumas dificuldades sentidas pelos jogadores melhores classificados no ranking, não proporcionou grandes surpresas.

Ainda assim, no primeiro tabuleiro, Jorge Viterbo, campeão em título, precisou de trabalhar duramente para furar a resistência de Alexander Cardoso (1633), da Academia de Xadrez de Espinho, que, além de ter jogado de negras, tinha menos cerca 550 pontos elo que o seu adversário. A abertura, atípica, acabou por se aproximar de uma Defesa Holandesa, variante Leningrado, em que as negras jogaram e6, ousadia que o campeão não conseguiu castigar de imediato. A partida acabou por ser decidida através de um final teórico de Torre e Peão contra Torre, ao fim de cerca de quatro horas de jogo e 63 lances, tendo sido a última a terminar.

Na mesa 2, Luís Machado venceu Mário Fernandes em 26 jogadas, enquanto que o outro candidato ao título, Daniel Quintã, só precisou de 19 para derrotar Hugo Saraiva no 3.º tabuleiro, sendo que nas duas partidas a diferença de elo entre os jogadores também era de cerca de 500 pontos.

Inesperado foi o resultado da quarta mesa, onde se registou um empate, em apenas 16 lances, entre Nuno Andrade (1487) e José Veríssimo Araújo (1955) - na foto. Este, de negras, optou pelo Gambito Budapeste e o efeito surpresa permitiu-lhe igualar rapidamente, fruto das imprecisões do seu adversário. Todavia, as peças negras acabaram por ficar descoordenadas na transição para o meio-jogo e um erro no 14.º lance permitiu às brancas ganhar um peão duas jogadas depois. E face a uma vantagem material frente a um adversário mais cotado, Nuno Andrade não quis arriscar continuar a partida e preferiu acender o cachimbo da paz, acordando o empate.

Nos restantes tabuleiros, com maior ou menor dificuldade, os favoritos acabaram por vencer. No entanto, como o scn já havia assinalado alguns jogadores com elo sub-avaliado fizeram valer a sua força de jogo real.

Foi o que aconteceu na vitória de Benito Barbero (sem elo) sobre Pedro Guimarães (1650) e no 6.º tabuleiro, na partida entre Fernando Nunes e Emanuel Sousa que terminou empatada apesar de só este se encontrar graduado no ranking da Federação Internacional de Xadrez. Curiosamente, Emanuel Sousa (1922 FIDE) também optou pelo pouco habitual Gambito Budapeste, o que poderá indiciar a existência de trabalho específico na academia do Moto Clube do Porto / ALPI Portugal, clube a que pertencem quer o Emanuel quer o Veríssimo. Tratar-se-á de reportório construído no laboratório do Mestre Nacional José Padeiro, primeiro tabuleiro e treinador desta equipa?

Tal como na partida do seu colega de equipa, um erro prematuro deu, nesta, vantagem de um peão às brancas logo no lance n.º 9, com a agravante de se tratar do peão de g7, ter sido tomado por um Cavalo e de o xeque ter colocado o Rei negro na casa f8, retirando-lhe, portanto, a possibilidade de fazer roque. Face a esta desvantagem, o Emanuel Sousa optou por uma continuação especulativa através do avanço do peão de H, e a receita veio a revelar-se proveitosa uma vez que um erro das brancas permitiu às negras colocar um Cavalo num ponto de apoio em d3, onde deu xeque, também retirou às brancas a possibilidade de rocar e permitiu a recuperação do peão, o que devolveu as negras ao jogo, ainda que em posição ligeiramente inferior.

Estava-se no lance 15. Na jogada 23.ª, as brancas poderiam voltar a ganhar um peão se tivessem jogado o Bispo para e1, mas optaram, antes, por colocar a Dama em a3, para, três lances e algumas trocas depois, regressar à casa de partida em c3. Só na 28.ª jogada é que as brancas jogaram Be1, ganhando depois o peão de h4, altura em que, face à clara vantagem material e posicional (o peão de H estava isolado, apesar de se encontrar ainda na linha 3 mas apoiado pelo da coluna G), Fernando Nunes (2040 FPX) opta por acordar o empate num momento decisivo, pois se a sua jogada seguinte fosse 30. g4 poderia ganhar uma Torre, embora com alguma compensação para as negras.

A segunda jornada joga-se hoje, a partir das 20h30, no Museu do Vinho do Porto, sendo de destacar as partidas Miguel Ferreira (1846) - Jorge Viterbo (2186), Luís Machado (2078) - Paulo Morais (1863) e José Margarido (1726) - Daniel Quintã (2063), nas quais os favoritos poderão sentir dificuldades. A entrada é gratuita.

Veja na galeria de fotos a reportagem fotográfica de Juliana Chiu durante a primeira jornada.

Distrital do Porto começa a ser discutido segunda-feira

Jorge Viterbo defenderá o título. Luís Machado e Daniel Quintã são os principais adversários.

in SCN





Jogar-se-á na próxima segunda-feira, a partir das 20h30, no Museu do Vinho do Porto, sobre o rio Douro, a primeira jornada do Campeonato Distrital Individual Abosluto do Porto, prova disputada por 35 xadrezistas com idades entre os 11 e os 56 anos.

Situado num armazém do século XVIII, no rés-do-chão do edifício dos "Armazéns do Cais Novo", o Museu do Vinho do Porto, com cerca de 600 metros quadrados, explora, como se pode ler página da Câmara Municipal do Porto, a relação entre a actividade comercial da cidade, em especial o comércio do vinho do Porto, e o desenvolvimento da própria urbe. Inaugurado em 2004, este espaço será o local de jogo da fase final do campeonato distrital.

Para aí chegar, os 35 finalistas tiveram que superar a fase preliminar que decorreu ao longo de sete meses, entre Novembro de 2008 e Maio de 2009, e foi constituída por 11 torneios que foram disputados por 289 xadrezistas. Em média, por cada 8 participantes num torneio preliminar apurou-se 1 para a final.

Por motivos profissionais, académicos e pessoais, alguns dos apurados não vão jogar a fase final, tendo sido substituídos pelos suplentes que participaram no mesmo torneio de apuramento. As ausências mais notadas são as de António Silva e de João Padeiro (ambos com 2230 pontos elo, 24.º do ranking nacional exaequo), e Marco Viela (2193, 38.º do ranking nacional), pois qualquer um destes jogadores seria um fortíssimo candidato ao título.

Ainda assim, é expectável que o actual campeão Jorge Viterbo (2186, 41.º do ranking nacional) enfrente dificuldades na tentativa de renovar o título que venceu pela primeira vez o ano passado, então com apenas 14 anos. Luís Machado (2078, 81.º do ranking nacional) e Daniel Quintã (2063, 87.º) serão os principais adversários, embora haja alguns outsiders a ter em consideração como José Veríssimo Araújo (1955), Bruno Figueiredo (1929), Emanuel Sousa (1922) ou, numa segunda linha, Francisco Mateus (1876), Paulo Morais (1863), Miguel Ferreira (1846), José Margarido (1726) ou Fernando Nunes (2040, sem elo internacional) que também poderão conseguir resultados surpreendentes, uma vez que os seus elos não se adequam, por defeito, às suas actuais forças de jogo.

Dos 35 finalistas, 22 pertencem ao ranking internacional da Federação Internacional de Xadrez (FIDE), apresentando uma média de cerca de 1800 pontos, o que faz adivinhar uma prova muito competitiva embora de nível bastante mais baixo do que aconteceria se os principais ausentes participassem.

De acordo com a página da Associação de Xadrez do Porto, André Mateus, o actual campeão distrital sub-12, nascido em 1997, é o benjamim da prova, enquanto que o decano dos finalistas é Aníbal Nogueira, nascido em 1953. O clube mais representado é o dos três candidatos ao título, o Grupo Desportivo Dias Ferreira, de Matosinhos, com 8 xadrezistas, seguido de perto pelo Grupo de Xadrez do Porto, com 7.

A entidade organizadora destaca ainda a maior delegação de sempre do Núcleo de Xadrez de Santo Tirso (4 participantes no ano em que celebra o seu 4.º aniversário), e a estreia dos dois clubes de Vila de Este, o Grupo Desportivo dos Cem Paus e a Associação de Proprietários local, cada um através de um atleta dos escalões de formação. O Moto Clube do Porto, com 6 séniores, e a Academia de Xadrez de Gaia, com 2 séniores e 4 jovens, vêem o seu habitual contingente reforçado este ano.

A prova será disputada em 7 sessões, em sistema suiço, sistema que, em cada jornada, faz um jogador defrontar outro que tenha uma performance semelhante. Cada jogador terá 90 minutos iniciais para terminar a partida, recebendo 30 segundos extra sempre que fizer uma jogada. Se um jogador deixar o seu tempo acabar, perde o jogo.

O local de prova é o Museu do Vinho do Porto, sito na Rua de Monchique, 45 a 52, e as sessões têm lugar pelas 20:30 horas dos dias 15 (segunda-feira), 17 (quarta), 19 (sexta), 22 (segunda), 25 (quinta) e 29 de Junho (segunda), sendo a última jornada disputada a 1 de Julho (quarta). A entrada é gratuita.

Classificação da série D da 2.ª Divisão ainda não homologada

Protesto do Grupo Desportivo da Carris leva a Direcção da Prova a "suspender" a classificação.

in SCN





Findos os xeques-mate, a luta pela permanência na série D da 2.ª Divisão continua. Depois do mega-empate final entre quatro equipas - a equipa II do Albufeira, o Ateneu Setubalense, o Feijó e o Grupo Desportivo da Carris terminaram esta fase com 13 pontos cada -, o xadrez joga-se agora na secretaria quanto à aplicação dos critérios de desempate previstos no regulamento da prova.

O ponto 2 do Capítulo V do Regulamento da 2.ª Divisão do 51.º Campeonato Nacional por Equipas dispõe que "se duas ou mais equipas obtiverem o mesmo número de pontos, a respectiva classificação final, tanto nas séries como nas poules, será determinada por aplicação sucessiva dos seguintes critérios:

a) Resultado entre as equipas empatadas;
b) Soma dos pontos obtidos nos tabuleiros de todos os encontros;
c) Critério BSV, atribuindo as seguintes ponderações aos pontos obtidos nos tabuleiros em todos os encontros: 1.º - 100, 2.º - 92, 3.º - 86 e 4.º - 82;
d) Menor elo médio dos quatro melhores tabuleiros (com mais elo individual) de cada equipa."

E face a estes critérios, a Direcção da Prova ordenou as equipas colocando em 4.º lugar o Ateneu Setubalense, em 5.º o Feijó, em 6.º o Albufeira e em 7.º, primeiro lugar abaixo da linha de água, o Grupo Desportivo da Carris.

Não se conformando com esta ordenação, por considerar que a direcção da prova "aplicou erradamente o regulamento", a equipa em risco de despromoção apresentou um protesto que levou a Federação Portuguesa de Xadrez a "suspender a classificação até à decisão sobre o mesmo".

Para Paulo Afonso, capitão da equipa da Carris, face àquela alínea a) do regulamento, "como empataram quatro equipas com os mais diversos resultados entre si, o desempate deve ser efectuado através de uma «mini-liga» a quatro", na qual "o GD Carris e o CR Feijó continuam empatados, com 5 pontos".

Na opinião deste responsável, neste caso "deve-se avançar para o critério seguinte, que consiste no somatório dos pontos de tabuleiro obtidos em todos os jogos", o que favorece a Carris que fez 13,5 pontos, contra 12 do Feijó.

A divergência surge nesta fase do desempate, como explicou ao SCN, por a direcção da prova divergir na interpretação do regulamento, "aplicando, agora às duas equipas empatadas, o mesmo primeiro critério, ou seja, o resultado directo entre ambas, favorável ao Feijó", o que se lhe afigura não "ser a interpretação correcta, uma vez que o primeiro critério de desempate se esgotou na referida «mini-liga», e o regulamento refere a expressão «sucessivamente» e não «repetidamente»", pelo que "se deve avançar para o critério seguinte".

Aliás, se assim não fosse e "caso se repetisse o primeiro critério, agora só às duas equipas, como é que a FPX poderia ignorar que vencemos, por exemplo, a equipa do Ateneu Setubalense?", questiona o capitão da Carris, enquanto se mostra surpreendido pelo resultado do encontro Santoantoniense - Albufeira, que garantiu a subida daquela, evitou a despromoção desta e originou o mega-empate entre 4 equipas, ao terminar igualado apesar da diferença de força de jogo dos diversos pares de adversários.

Com efeito, o encontro terminou com empates em todos os tabuleiros, sendo que todos os jogadores do Santoantoniense se encontram melhor classificados no ranking internacional que os xadrezistas que alinharam pelo Albufeira, pelo que o favoritismo recaía sobre a equipa da margem sul.

Paulo Afonso sublinha que as regras da modalidade não impedem os chamados empates de salão, que, aliás, os atletas do Grupo Desportivo da Carris não sabem se ocorreram: "apenas nos parece que assim tenha sido, dada a diferença de elos em presença", disse o capitão, realçando que, mesmo que efectivamente tenham sido acordados empates de salão, "o comportamento foi legal, embora, do ponto de vista desportivo (ou ético, se desejar) pareça ter sido pouco correcto".

Na verdade, o xadrez é dos poucos desportos em que as regras admitem que os jogadores proponham e aceitem que a partida termine empatada. Mas devido à insatisfação dos espectadores e dos patrocinadores, a Federação Internacional de Xadrez (FIDE) tem procurado várias soluções para evitar que este mecanismo de terminar a partida afaste a combatividade do tabuleiro.

Impedir a proposta de empate antes de se realizarem um certo número de jogadas, os xadrezistas jogarem de novo até um vencer, a aplicação de outro sistema de pontuação (3 pontos para a vitória, em vez de 1, e um para o empate, em vez de meio) ou consequências nos prize moneys, bem como a eliminação, pura e simples, da possibilidade de acordo de empate, foram algumas das soluções experimentadas.

O ano passado, em Dresden, a FIDE aprovou uma alteração às regras da modalidade que entrará em vigor no segundo semestre deste ano, através da qual remete a solução desta questão para o regulamento de cada prova que determinará se a proposta de empate é possível, limitada ou excluída na competição respectiva.

O protesto apresentado pelo Grupo Desportivo da Carris será decidido no prazo de cinco dias úteis, contado da sua apresentação, pela Direcção da Federação Portuguesa de Xadrez.

Terminou o campeonato nacional da 3.ª divisão

CAMIR, MCP, Vale de Cambra, Carapalha, Palma e Arredores, CX da Moita, Glória FC e Univ. dos Açores sobem à segunda.

in SCN




A 3.ª Divisão do 51.º Campeonato Nacional por Equipas, referente à época 2008/2009, foi disputada em 8 séries (sete no continente e uma nos Açores) de 8 equipas cada.

Em cada série, as equipas jogaram em sistema de todas contra todas, a uma volta e em encontros a quatro tabuleiros, relevando para o resultado do encontro os parciais respectivos que garantiriam à equipa 3 pontos no caso de vitória, 2 para o empate, 1 no caso de derrota e 0 para os casos de falta de comparência.

Para efeito de desempate relevava, consecutivamente, o resultado entre as equipas empatadas, a soma de pontos obtidos nos tabuleiros em todos os encontros, o critério BSV e, finalmente, o menor elo médio dos 4 primeiros tabuleiros, isto é, a menor média do ranking dos quatro primeiros xadrezistas de cada equipa.

De acordo com os regulamentos, o vencedor de cada série é promovido à segunda divisão, enquanto que os dois últimos jogarão nos campeonatos distritais na próxima época.
Para efeitos de atribuição do título de Campeão Nacional da 3.ª Divisão, os vencedores de cada série defrontar-se-ão numa prova a jogar a uma volta, em Agosto.

Série A – CAMIR consegue promoção inédita

Nesta série garantiu a subida a equipa do Clube Amador de Mirandela, enquanto que o Clube de Campismo e Caravanismo de Barcelos e o Clube de Xadrez de Vila Pouca foram relegados para as competições distritais.

A equipa transmontana, constituída por jovens valores treinados pelo Mestre FIDE Roman Chemeris, ex-seleccionador nacional ucraniano, tinha que vencer, na última jornada, os Amigos de Urgezes, o que conseguiu, ainda que pela margem mínima de 2,5-1,5.

Com este resultado, o CAMIR sobe, pela primeira vez no seu historial, à segunda divisão nacional, feito que premeia o bom trabalho colectivo que tem desenvolvido, sem prejuízo do excelente desempenho, nesta prova, de Rafael Teixeira que levou de vencida todos adversários com quem se cruzou ao longo da prova.

Série B – Motociclistas da ALPI aceleram para a 2.ª

Na série B, grande endurance dos xadrezistas do Moto Clube do Porto / ALPI Portugal que terminaram a prova com sete vitórias em outros tantos encontros, apresentando o Mestre Nacional José Padeiro e o ucraniano Igor Kovtun em grande forma, obtendo, cada um, 6,5 pontos em 7 possíveis nas suas partidas.

Pelo contrário, a fuga à despromoção proporcionou uma luta intensa entre a terceira equipa do Grupo de Xadrez do Porto, o Clube Millennium BCP e o Núcleo de Atletismo de Cucujães, já que o último lugar cedo ficou destinado ao Grupo Amizade, também de Cucujães, que não conseguiu vencer qualquer encontro.

A equipa do GX Porto que deveria ter jogado a prova distrital - apenas disputou a 3.ª divisão por desistência de outra -, surpreendeu, na última jornada, a terceira equipa da Academia de Xadrez de Gaia, obtendo uma vitória sofrida por 2,5-1,5 depois de ter estado a perder 1-0 (vitória de André Mateus (1483) sobre Nuno Rosário (1803), no primeiro tabuleiro), e com desvantagem material no terceiro. Todavia, Ricardo Pinho acabou por vencer a partida em que tinha um peão a menos, no que foi secundado Rui Wang no quarto, tendo o empate de Nuno Ventura Sousa no terceiro garantido a permanência surpresa da equipa.

No outro encontro decisivo, o Millennium foi a Cucujães defrontar o Núcleo de Atletismo local e arrancou uma vitória pela margem mínima que decidiu o futuro das duas equipas.

Série C – Vale de Cambra invicta

Na terceira série, a equipa secundária da Associação Cultural e Recreativa de Vale de Cambra não deu hipóteses à concorrência, empatando apenas um encontro e vencendo todos os restantes.

Para os distritais seguem a terceira equipa da Associação Académica de Coimbra e a segunda da Associação Estamos Juntos, de S. João da Madeira.

Individualmente, destaque para João Andias, do Clube Galitos, de Aveiro, segundo classificado, que fez o pleno nas seis partidas que realizou, e para Paulo Ferreira, da formação de Vale de Cambra, que obteve 5 pontos nos 5 jogos para que foi convocado.

Série D – Carapalha dominadora

Na série D, a Associação Cultural e Desportiva da Carapalha, de Castelo Branco, aviou a concorrência com 7 vitórias nas 7 jornadas, numa clara demonstração de superioridade apenas acompanhada pelo Atlético Clube da Sismaria, de Leiria, que só perdeu com a vencedora, na terceira jornada, na sua casa – a Casa do Futebol Clube do Porto – Dragões de Leiria.

Despromovidos foram a Associação Recreativa Penichense e a Academia de Xadrez do Bombarral.

Destacaram-se os jogadores da Carapalha Carlos Carneiro (7/7) e Ricardo Constantino (4/4) e os da Sismaria João Martins (5/5) e Miguel Babo (4/4).

Série E – Palma e Arredores não dá hipóteses à concorrência

Na série E, a Associação Operária Palma e Arredores superiorizou-se a toda a concorrência, com vitórias em todos os encontros, descendo o Académico de Torres Vedras (pior desempate face à terceira equipa do Grupo de Xadrez Alekhine) e o Clube Desportivo do Arneiro.

Marco Manuel, da equipa de Torres Vedras, apesar do seu esforço (5,5 pontos em 7 possíveis), viu a sua equipa descer aos distritais, sendo de destacar também Artur Gavieiro, da equipa secundária do Alekhine, que fez 6 pontos em 7.

Série F – CX da Moita com resultados para todos os gostos

O Clube de Xadrez da Moita foi o incontestado vencedor da Série F, onde contou por vitórias todos os encontros disputados.
Todavia, curiosamente, se a equipa principal da Moita segue para a 2.ª Divisão, a sua equipa secundária está a caminho do distrital, pois ficou em penúltimo lugar. Acompanha-a a Sociedade Filarmónica de Ferreira do Alentejo que apenas venceu uma partida ao longo dos sete encontros.

Miroslav Leskiv, da equipa secundária dos Ferroviários/Tremno destacou-se com a conquista de 6,5 pontos em 7 possíveis, enquanto que Helder Figueiredo foi o melhor jogador da equipa vencedora, com 5 vitórias em outras tantas partidas.

Série G – Glória sobe à segunda divisão

Na penúltima série, o Glória Futebol Clube, de Vila Real de Santo António, garantiu o acesso ao segundo escalão nacional à frente do Clube de Xadrez de Ferreira do Alentejo.

Em sentido inverso, descem o Clube de Xadrez de Albufeira e a Associação de Antigos Alunos do Externato Nuno Álvares que, constituída por jovens iniciantes, não logrou qualquer vitória em nenhuma das 28 partidas disputadas.

Jorge Silvestre, do Glória, com sete pontos em sete partidas, foi o melhor xadrezista da série.

Série H – Equipas açorianas testam critérios de desempate

Na série Açores, luta até ao fim entre a segunda equipa da Universidade dos Açores e a equipa principal da União Desportiva do Nordeste.

O apuramento acabou por sorrir aos universitários, fruto de melhor desempate, mas por aplicação de critérios subsidiários, já que, na terceira jornada, o encontro entre as duas equipas acabou empatado a 2 e ambas fizeram os mesmos resultados contra as restantes equipas!

Sobe e Desce

As oito equipas vencedoras – Clube Amador de Mirandela, Moto Clube do Porto, Associação Cultural e Recreativa de Vale de Cambra, Associação Cultural e Desportiva da Carapalha, Associação Operária Palma e Arredores, Clube de Xadrez da Moita, Glória Futebol Clube e Universidade dos Açores – além de terem garantido a subida à segunda divisão, disputarão a fase final da 3.ª Divisão, onde estará em jogo o título de campeão nacional, nos dias 8 e 9 de Agosto.

Esta prova decorrerá no Gaia Hotel, em Vila Nova de Gaia, no âmbito do V Festival de Xadrez desta cidade.

Já se conhece o sobe e desce na 2.ª Divisão

GX Porto, CX Montemor-o-Velho, GX Alekhine e Santoantoniense sobem à primeira!

in SCN




A 2.ª Divisão do 51.º Campeonato Nacional por Equipas, referente à época 2008/2009, foi disputada em 4 séries de 8 equipas cada que se defrontaram entre si em encontros a quatro tabuleiros, relevando para o resultado do encontro os parciais respectivos que garantiriam à equipa 3 pontos no caso de vitória, 2 para o empate, 1 no caso de derrota e 0 para os casos de falta de comparência.

Para efeito de desempate relevava, consecutivamente, o resultado entre as equipas empatadas, a soma de pontos obtidos nos tabuleiros em todos os encontros, o critério BSV e, finalmente, o menor elo médio dos 4 primeiros tabuleiros, isto é, a menor média do ranking dos quatro primeiros xadrezistas de cada equipa.

De acordo com os regulamentos, o vencedor de cada série é promovido à primeira divisão, enquanto que os dois últimos jogarão no escalão inferior na próxima época.

Para efeitos de atribuição do título de Campeão Nacional da 2.ª Divisão, os vencedores de cada série defrontar-se-ão numa prova a jogar a uma volta, em Agosto.

Série A

O apuramento nesta série foi disputado pelo Grupo de Xadrez do Porto e pelo Círculo de Arte e Recreio, de Guimarães, tendo a equipa da invicta alcançado o direito de regressar ao convívio dos grandes ao alcançar 7 vitórias nos 7 encontros disputados, mais uma que a equipa vimaranense que apenas perdeu com a líder.

No fundo da tabela, a vitória, na última jornada, dos Amiguinhos do Museu Alberto Sampaio, também da cidade berço, frente ao Centro Desportivo Universitário do Porto não evitou a despromoção das duas equipas, apesar do bom desempenho do vimaranense Paulo Vale que fez 5,5 pontos em 7 possíveis.

Para a boa campanha do Grupo de Xadrez do Porto em muito contribuiu a elevada performance dos seus jogadores principais: Hugo Martins venceu as 4 partidas para que foi convocado, a Mestre FIDE Feminina Ariana Pintor conquistou 92,5% dos pontos que disputou, obtendo 6 vitórias e 1 empate nas 7 partidas que realizou, Fernando Cleto também esteve em bom nível ao alcançar 4,5 pontos em 5 partidas e o Mestre Nacional António Silva fez os mesmos quatro pontos e meio em 6 jogos.

Destaque ainda para os 100% alcançados por João Ferreira, do Grupo de Xadrez da Boa Nova, de Leça da Palmeira (4 partidas), por Albano Pinheiro, do Amanhã da Criança (3 partidas) e pelo Mestre Nacional Rui Almeida, da Academia de Xadrez de Gaia (2 partidas).

Série B

Na série B, o Circulo de Xadrez de Montemor-o-Velho apurou-se, in extremis, ao concluir na primeira posição com os mesmos pontos da Associação Estamos Juntos, de S. João da Madeira, beneficiando de melhor desempate, obtido logo na primeira jornada com a vitória por 2,5-1,5.

Despromovidos foram o Grupo de Xadrez de Torres Novas e o Xeque Mate S. Martinho Porto, apesar de Hugo Ribeiro, daquela equipa, e Manuel Pereira, desta, terem ficado fora do vermelho, ao conseguirem 3 pontos nos 5 jogos que disputaram.

Os jogadores que mais sobressaíram nesta série foram o Mestre Nacional Stephane Silva (6,5/7) e Igor Pires (6/7), ambos da AEJ, e Pedro Neves, do Montemor, e Carlos Andrade, do Centro Recreativo de Estarreja, que também alcançaram 6 pontos em 7 partidas.

Série C

Na terceira série, o Grupo de Xadrez Alekhine, de Lisboa, dominou a concorrência terminando isolado na primeira posição com 6 vitórias e 1 empate, deixando para trás a surpreendente equipa da Universidade dos Açores e a Casa do Xadrez, de Alpiarça.

Despromovidas foram as equipas do Clube Operário dos Açores e do Clube de Xadrez da Escola Secundária de Lagoa.

À míngua de mais informações disponibilizadas pela entidade organizadora, não é possível destacar os xadrezistas que mais sobressaíram nesta série.

Série D

O apuramento para a primeira divisão foi também extremamente concorrido nesta série, acabando por se superiorizar o Santoantoniense FC face ao Clube EDP, devido à vitória obtida na penúltima jornada pela margem mínima (2,5-1,5).

No fundo da tabela a luta pela permanência também esteve ao rubro. Com a Quinta Marques da Costa relegada para a última posição, a segunda equipa do Clube de Pesca e Náutica Desportiva de Albufeira sobreviveu graças à vitória sobre o Grupo Desportivo da Carris, também na penúltima jornada, aqui por 3-1.

António Vasques, do Santoantoniense, foi a grande figura da série ao alcançar 6 pontos em 7 possíveis.

Sobe e Desce

Em 2009/2010, o AMAS, o CDUP, o GX Torres Novas, o Xeque Mate, o GD Carris e a Quinta Marques da Costa disputarão o campeonato nacional da 3.ª divisão.

As quatro equipas vencedoras – Grupo de Xadrez do Porto, Clube de Xadrez de Montemor-o-Velho, Grupo de Xadrez Alekhine e Santoantoniense FC – além de terem garantido a subida à primeira divisão, disputarão a fase final da 2.ª Divisão, onde estará em jogo o título de campeão nacional, nos dias 8 e 9 de Agosto.

Esta prova decorrerá no Gaia Hotel, em Vila Nova de Gaia, no âmbito do V Festival de Xadrez desta cidade.

Sorteio da Taça de Portugal

A eliminatória de acesso à Final Four disputa-se a dia 7 de Julho.

in SCN



A Taça de Portugal é uma das provas mais emblemáticas do calendário oficial da Federação Portuguesa de Xadrez, uma vez que é a prova mais democrática da época: o emparceiramento é efectuado por sorteio, com constrangimentos, só nas primeiras eliminatórias, limitados à àrea geográfica, de maneira que uma equipa de iniciados pode ter, nesta prova, a oportunidade quase única de jogar contra os mais fortes jogadores nacionais, e, em alguns casos, internacionais, já que os clubes com objectivos na área da competição contam nas suas equipas com Grandes Mestres.

Inscreveram-se na competição 72 equipas de 48 clubes diferentes, compostas por 802 xadrezistas, dos quais 16 Grandes Mestres, 16 Mestres Internacionais, 15 Mestres FIDE, 2 Mestres Internacionais Femininas, 3 Mestres FIDE Femininas e 1 Candidato a Mestre.

Neste momento já só estão em prova 8 formações, sendo que o sorteio quis que o tomba gigantes dos oitavos de final - o Clube de Xadrez de Sintra (2052) - recebesse o Grupo de Xadrez do Porto (2175), o que desde logo garantirá a presença de um destes clubes, que militam na segunda divisão, na Final 4 da Taça de Portugal, o que possibilita à equipa da invicta repetir o feito alcançado na época passada.

Nos outros encontros, o Grupo Desportivo Dias Ferreira (2260), que subiu este ano à primeira divisão, defrontará, em Matosinhos, o Grupo Desportivo Diana (2560), de Évora, actual campeão nacional, enquanto que os Amiguinhos do Museu Alberto Sampaio (2161), de Guimarães, receberão na cidade berço a fortíssima equipa da Academia de Xadrez de Gaia (2627). O último encontro coloca frente a frente a Associação Cultural e Recreativa de Vale de Cambra (2498) e a Associação Académica da Amadora (2342).

Os quartos de final serão jogados no dia 7 de Julho.

Dias Ferreira vence distrital do Porto

A equipa de Matosinhos venceu a fase final do Campeonato Distrital de Xadrez do Porto.


in SCN


Terminou este fim de semana o Campeonato Distrital do Porto por Equipas em xadrez, tendo-se sagrado campeã a equipa G do Grupo Desportivo Dias Ferreira, de Matosinhos.

As 21 equipas participantes, através das quais competiram 220 xadrezistas, foram inicialmente distribuídas por 3 séries de 7 equipas cada, numa fase que se jogou de 27 de Fevereiro a 9 de Maio e na qual se apuraram as 6 equipas, as duas primeiras de cada uma, que participaram na Fase Final: Dias Ferreira G e Grupo de Xadrez do Porto D, na série A; Moto Clube do Porto B e D, na série B; e o Núcleo de Xadrez de Santo Tirso e o Atlético Clube Alfenense, na série C.

Na Fase Final, a equipa D do Moto Clube do Porto, com uma média etária de apenas 13 anos, apresentou sempre o mesmo quatro constituído por Inês Messeder Ferreira no primeiro tabuleiro, Marta Alves no segundo, Diana Nogueira no terceiro e Cláudia Alves ou Ana Cunha no quarto, não escapando à sexta posição que, ainda assim, permitiu cumprir o objectivo traçado pelo clube: dar experiência a estas jovens jogadoras da sua academia.

Em quinto lugar terminou o Atlético Clube Alfenense, graças à vitória alcançada na última jornada frente ao Grupo de Xadrez do Porto D, por claros 3-1. Com esta derrota, a equipa do mais antigo clube de xadrez da península ibérica foi ultrapassada na classificação pelo Núcleo de Xadrez de Santo Tirso que, assim, alcançou o pódio e garantiu o direito à subida à terceira divisão nacional. Uma boa prenda de aniversário para este clube que celebra amanhã o seu quarto aniversário.

Mas ainda mais decisivo foi o encontro Dias Ferreira G - Moto Clube do Porto / ALPI B que decidia a atribuição dos títulos de campeão e vice-campeão distrital entre as duas outras equipas já apuradas para a última divisão nacional. A equipa de Matosinhos partia em vantagem pois, apesar da igualdade pontual na classificação à entrada para a última jornada, tinha melhor desempate.

No primeiro tabuleiro deste encontro, Eduardo Oliveira (1800, Dias Ferreira) surpreendeu Ricardo Cardoso (1933, Moto Clube), enquanto no segundo Júlio Machado (1726) venceu a jovem promessa sub-14 dos motociclistas João Vasco Vicente (1725). Na terceira mesa, o embate entre Eduardo Santos (1639, Dias Ferreira) e Carlos Braga (ainda sem elo, mas invicto nesta fase final!), dois xadrezistas em ascensão, terminou empatado, enquanto que na última Nuno Messeder (1508, pontuação que peca claramente por defeito) garantiu o único ponto da equipa do Moto Clube frente a Pedro Marques (1702). Com esta vitória pela margem mínima (2,5-1,5), a equipa de Matosinhos conquistou o título de campeã distrital.

Em termos individuais, Nuno Messeder foi o jogador que obteve mais pontos nesta competição, com 4,5 pontos em 5 partidas disputadas. Também invicto, mas com dois empates, terminou Eduardo Santos que conseguiu 4 pontos nos mesmos 5 jogos. Destaque, ainda, para José Cachorreiro e Rui Miranda, ambos do Núcleo de Xadrez de Santo Tirso, que fizeram 3,5 pontos em 4 possíveis.

CX Sintra é o tomba gigantes na Taça de Portugal


in SCN

Jogaram-se neste fim de semana os oitavos de final da Taça de Portugal, prova organizada pela Federação Portuguesa de Xadrez.

A maior surpresa aconteceu no Barreiro onde a equipa local, fazendo alinhar apenas dois jogadores, foi surpreendida no 4.º tabuleiro. Com duas derrotas por falta de comparência nas mesas intermédias, o único resultado satisfatório para o primodivisionário FC Barreirense seria a vitória na primeira e na última mesa, uma vez que, nos termos regulamentares, apesar de o resultado final ser um empate a 2, passaria à próxima eliminatória por vencer no tabuleiro superior.

Mas o objectivo só foi alcançado parcialmente: se no primeiro tabuleiro não houve surpresa - o Mestre Internacional Sérgio Rocha (2417), jogador da selecção nacional, venceu Paulo Fanha (2023) -, na última mesa o sintrense Luís Maninha (1603) conseguiu empatar com Vasco Ramos, um jogador com cerca de mais 250 pontos elo. E com este resultado o Clube de Xadrez de Sintra superiorizou-se à equipa do Barreiro por 2,5-1,5, passando aos quartos de final e colocando fora de prova a equipa da primeira divisão.

A equipa de Sintra terá, na próxima eliminatória, a companhia do Grupo de Xadrez do Porto (2175) que, no único encontro entre equipas de divisões inferiores, se superiorizou à equipa da EDP Lisboa (2127) pelo mesmo resultado - 3-1 - com que esta eliminara, com alguma surpresa, o Ginásio Clube de Odivelas (2265), nos 1/16 final.

Nos dois encontros entre equipas da primeira divisão, o Vale de Cambra não deu qualquer hipótese ao Núcleo de Xadrez de Faro/Rentauto, obtendo uma vitória pela margem máxima, enquanto os vimaranenses dos Amiguinhos do Museu Alberto Sampaio, com um 4 muito homogéneo, venceram por 3-1 a Mata de Benfica.

Nas restantes partidas as equipas da primeira divisão eliminaram as das divisões inferiores.

Os resultados e respectivos parciais estão disponíveis aqui.

Assim, os 1/4 de final serão disputados pela Academia de Xadrez de Gaia (2627), pelo Grupo Desportivo Diana, de Évora (2560), pela Associação Cultural e Recreativa de Vale de Cambra (2498), pela Associação Académica da Amadora (2342), pelo Grupo Desportivo Dias Ferreira, de Matosinhos (2260), pelo Grupo de Xadrez do Porto (2175), pelos Amiguinhos do Museu Alberto Sampaio, de Guimarães (2161) e pelo Clube de Xadrez de Sintra (2052).

segunda-feira, 15 de junho de 2009

Limpar o tabuleiro para recomeçar?




O blogue está ligado às máquinas e talvez fosse de lhe facultar o caminho da "boa morte"...

Fruto de um projecto muito mais vasto - a secção de xadrez do Estrela e Vigorosa Sport - desenhado pelo Pedro Rodrigues a pensar no FC Porto (onde, salvo erro, chegou a obter parecer prévio favorável), este Xadrez Vigoroso deixou a penumbra da blogosfera quando teve de migrar para a plataforma do Blogspot, numa altura que quase coincidiu, por motivos que não se adivinhavam tão funestos, com a suspensão daquela secção e a transferência do seu núcleo duro para as escolinhas do Grupo de Xadrez do Porto, onde os "professores" tinham sido alunos.

A "turma dos domingos" era a minha, como a dos sábados era do Hélder Pinho e as da semana do Bruno Figueiredo.
Aos domingos tudo deveria ser informal. O único compromisso era o de querer jogar melhor xadrez. Até os clubes o imporem, não havia mensalidades. E nunca se ligou a faltas nem se foi rigoroso com os trabalhos de casa. Do mesmo modo, a minha obrigação não era de resultado, mas de meio: não garantia nunca faltar, pelo contrário, mas comprometi-me a procurar o melhor caminho para a progressão dos membros da turma. Aliás, era sabido que os períodos pré-exames eram de "emigração". Semanas de faltas a fio, a maior parte das quais substituído pelo Pedro ou pelo Hélder, porque a preparação das provas (8 em 4 meses) exigiam uma rotina com a qual aquele compromisso semanal não rimava bem.

Falhado o ingresso o ano passado por algumas décimas, no concurso deste ano já só falta a publicação do resultado das provas psicotécnicas. As outras, que contavam para a média final do concurso, deixaram-me desta vez numa posição bem confortável: não será necessário fazer contas - se o parecer dos psicólogos for "favorável", em Setembro voltarei às aulas.

A confiança na mudança já teve algumas consequências e o blogue moribundo talvez seja a mais pequena. Na "turma dos domingos", a pasta está a ser passada ao Hélder que há-de decidir o que fazer com esta tentativa de ensino online depois de terminar a reorganização das escolinhas do GXP; já tenho casa debaixo de olho em Lisboa com um clube a dois passos, com xadrez anunciado nos flyers das modalidades oferecidas e um torneio de lançamento organizado recentemente no curriculum, pelo que talvez tenha já encontrado um local para empurrar as peças, sem abdicar, claro, da filiação através do Grupo; e, porque o mercado está lento, mesmo sem saber o resultado da última prova, tenho na janela uma placa a dizer "vende-se" dirigida aos interessados num T2 no Bessa, que quase cheira a novo, além de estar confortavelmente dentro da garantia do empreiteiro...

Entretanto, os objectivos da turma dos domingos foram sendo alcançados. O nosso nível médio está a aumentar, como comprovam os emparceiramentos e os resultados obtidos nos campeonatos distritais e as performances nos nacionais, e, ao longo da época, foram surgindo vários resultados de realce, como títulos oficiais, vitórias por escalão e colectivas, vitórias em torneios de rápidas ou, após subida na secretaria, a manutenção da equipa da turma na 3.ª Divisão Nacional, um feito acima das melhores expectativas, tal como o facto de a nossa turma ter apurado quatro (!!) elementos para a Fase Final do Distrital Individual Absoluto!

Por outro lado, o Hélder Pinho, após dois anos no ranking internacional, bateu, em Abril deste ano, o seu record pessoal e ameaça passar brevemente os 1900 pontos; e o Nuno Ventura Sousa alcançou no torneio de Espinho que terminou este fim de semana, a 9.ª partida para bloco FIDE. Em Outubro sairá com um elo a rondar os 1700 pontos (em vez dos actuais 1387), o que fará dele um dos melhores sub-14 do país. E a turma é bastante homogénea, com os restantes elementos com uma força de jogo aproximada...

Finalmente, como já aqui tinha escrito uma vez, a química do tabuleiro tem espaço para Lavoisier. E se o blogue está moribundo - cada vez mais "ex-professor" tenho cada vez menos o que escrever -, comprometi-me a, pelo menos até Setembro, ajudar a dinamizar a secção de xadrez que o portal SCN pretende fazer crescer, estando, para tal, à procura de colaboradores.

Afastado das aulas, a utilidade do blogue é nula. Ainda assim, como um político da nossa praça, "vai andar por aí" até que se lhe trace o destino.