quinta-feira, 4 de setembro de 2008

2.ª Jornada do Internacional de Guimarães - António Mendes (Batalha de S. Mamede)



Continua a decorrer na freguesia de Oliveira do Castelo, em pleno coração medieval do berço da nacionalidade, a V edição do Torneio Internacional de Guimarães.
Na segunda jornada defrontei o António Mendes, do Moto Clube do Porto / ALPI-Portugal, que é um xadrezista com quem gosto muito de jogar, já que as nossas partidas costumam ser muito combativas.



Esta não foi excepção: com muito sangue, suor e esforço, e apuros de tempo para todos os gostos (o António foi mais do que uma vez à casa dos 2 segundos; eu fiquei "longe" nos 20 ou 30), penso que a nossa refrega não terá defraudado o espírito dos homens de D. Afonso Henriques que eventualmente se passeassem, ontem à noite, pelos claustros do Museu Alberto Sampaio. No ano em que se celebram os 880 da Batalha de S. Mamede (24 de Junho de 1128), as marteladas de dois portuenses (S. João do Porto, celebrado de 23 para 24 de Junho), no tabuleiro, talvez tenham sido dadas no local mais apropriado.


Batalha de S. Mamede, retratada por Acácio Lino (1922), exposta na Assembleia da República, na sala daquele artista, local de trabalho dos grupos parlamentares.



Felizmente, acabei por ser o D. Afonso Henriques, e o Mendes a minha mãe ;)


Mas além do teor do jogo de ataque, de choque e de confronto, a partida também se adequou ao momento e ao espaço, temática e tecnicamente. (dando de barato que um Grande Neca percebe alguma coisa de xadrez técnico - se alguma vez uma partida minha fosse anotada por alguém que perceba do jogo, duvido muito que terminasse com um dos chavões habituais, como "e agora está ganho. É uma questão de técnica.". Quando muito diria, antes, "estava ganho, mas largou!")


Tematicamente porque o António Mendes acabou por jogar num esquema Stonewall, literalmente Parede de Pedra. Não me lembro de sistema mais adequado para jogar junto ao castelo de Guimarães.



Tecnicamente porque a minha estrutura de peões tinha alguma semelhança com as muralhas vimaranenses.






Após o 17.º lance, aqueles nossos peões estavam assim encaixados



numa partida que se jogou, também ela, encaixada nos planos da Juliana Chiu


Somos os da esquerda, eu de frente, o António de costas.
Como habitualmente, todas as fotos da prova foram tiradas pela Juliana Chiu e "roubadas" via blogue do MCP / ALPI - Portugal.


assim


e deste modo:



Desafio 1 - Lance 24: Qual é a melhor continuação para as brancas?

Desafio 2 - Lance 29: Como é que as negras igualam a partida?




Entretanto o Bruno (o segundo com as brancas, a contar do fundo) estreou-se a vencer e leva 1/2. Como ele ainda não me arranjou as suas partidas, tenho apenas uma foto da fotógrafa habitual.


O segundo com as negras, a contar da esquerda, é o Ivo Dias que também ganhou.


Logo à noite já empurro madeira. Vou à mesa 1 visitar o Padeiro :)

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