Hoje é dia de descanso, não há jogo entre Anand e Kramnik. Mas há adeptos e adeptos, e Didi Senft, também fã de cicloturismo, apresentou uma proposta inovadora:
Percebe-se por que é que Didi Senft é conhecido por El Diablo, e por que é que estas imagens, da Reuters, foram encontradas na secção "Planeta Bizarro" do portal de notícias da Globo.
Longe do selim e do Planeta Bizarro, o Campeonato do Mundo segue assim (notícia do Guardian):
Anand alcança vantagem de 3 pontos sobre Kramnik
Agência Noticiosa Assotiated Press
Terça, 21 de Outubro de 2008
Por ROBERT HUNTINGTON
Para The Associated Press, BONA, Alemanha (AP) - O indiano Viswanathan Anand venceu novamente o candidato Vladimir Kramnik esta terça-feira, pregando mais um prego no caixão das esperanças do candidato russo em reclamar o título de campeão do mundo.
A terceira vitória de Anand nos últimos quatro jogos deu ao campeão em título a liderança do match por 4.5-1.5. Uma onda de vitórias desta dimensão é praticamente inédita em matches pelo título mundial de xadrez, onde o habitual é as partidas terminarem empatadas.
A título de exemplo, quando, em 2000, Kramnik derrotou o então campeão do mundo Garry Kasparov, venceu duas partidas e empatou as restantes 13. Kramnik perdeu o título o ano passado, precisamente para Anand.
Com seis partidas por disputar, Kramnik, que nunca perdera 3 jogos em 4, tem poucas hipóteses de sair do buraco em que se encontra, até porque só jogará três com as brancas e Anand pode empatar os desafios que faltam.
O nono lance de Anand, numa Nimzo-India, foi uma novidade preparada que, posteriormente, o jogador classificou como "interessante porque força o adversário a sair da teoria e a começar a pensar desde muito cedo".
O antigo campeão do mundo Anatoly Karpov considerou que "a reacção de Kramnik não foi boa".
Já Kramnik declarou que "a abertura foi estranha mas a posição pareceu-me muito igualada". "Os meus lances pareceram muito lógicos".
Todavia, Anand gostou da posição que alcançou após a troca de Damas pois tinha pressão na coluna C contra o peão fraco de c7, e criticou o 17.º lance de Kramnik. Este concordou, acrescentado que, após esse lance, "não consegui ver como igualar".
Anand considerou a sua resposta - pregagem do cavalo de Kramnik à sua torre, "um pouco desagradável. Nessa altura senti que estava melhor."
A consequência lógica daquele lance 17 foi um sacrifício de peão que Karpov considerou "demasiado arriscado", mas Kramnik considerou-o necessário pois, caso contrário, "ficaria sem contra-jogo".
Apesar de ter um peão a menos, Kramnik tinha as suas peças mais activas e a torre de Anand estava um pouco descoordenada em g2. Mas foi apenas uma questão de tempo até Anand melhorar a sua posição.
"Ele conseguiu imenso contra-jogo [pelo peão sacrificado] mas não o recuperou", disse Anand. Kramnik considerou o seu lance 33 "o erro decisivo".
No final, Anand teve que jogar com precisão, mas tinha vários planos vitoriosos por onde optar. Kramnik desistiu no lance 47.
A conferência de imprensa após a partida atrasou-se mais de meia hora devido aos testes anti-doping obrigatórios. Questionado sobre estes, Anand considerou-os "completamente desnecessários" e apontou os computadores como a principal forma de fazer batota no xadrez. "Os testes anti-doping foram pensados para outros desportos", sustentou Anand.
Na quinta-feira, Anand jogará de brancas no jogo 7.
Aqui fica a partida, retirada de Chess Vibes, anotada pelo MI Merijn van Delft e por Peter Doggers, redactores daquele site:
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